O iFood encerrou os contratos de exclusividade com restaurantes de redes com mais de 30 lojas. O acordo foi realizado junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que zela pela livre concorrência de mercado. Mas, no que isso afeta os clientes? Entenda benefícios da mudança.
Os contratos de exclusividade são aqueles em que os restaurantes parceiros se comprometem a não disponibilizar sua operação de delivery em outras plataformas. Em troca, recebem investimentos do iFood e condições comerciais diferenciadas. A prática é legal.
Com a novidade, a empresa de delivery ganha uma nova missão: não deixar de ser o aplicativo de entregas mais usado pelos estabelecimentos. Para isso, ações como empréstimos com taxas mais baixas e reformas nas cozinhas estão sendo desenvolvidas.
Entregador do Ifood é obrigado a subir até o apartamento?
De acordo com a política do iFood, o entregador não é obrigado a subir até o apartamento do cliente. A plataforma argumenta que descer até a portaria facilita a entrega e demonstra respeito e empatia pelo trabalho dos entregadores.
Diego Barreto, vice-presidente de estratégias e finanças do iFood, explicou:
“A obrigação do entregador é entregar no primeiro ponto de contato que existe na residência da pessoa. Se for ao condomínio, esse ponto é a portaria. Essa é a recomendação dada para os entregadores e a comunicação passada para os consumidores”
Mudanças após o acordo com a Cade
A empresa terá seis meses para implementar as mudanças propostas pelo Cade — como não firmar contratos de exclusividade com marcas que tenham mais de 30 estabelecimentos, por exemplo.
“As mudanças previstas no acordo trarão mais segurança jurídica para o setor como um todo e implicarão em mudanças na política de exclusividades do iFood”, explica Arnaldo Bertolaccini, vice-presidente de restaurantes do iFood.
