Mães do Bolsa Família revelam não ter acesso ao auxílio de R$600. Nesta semana, a Folha de São Paulo publicou uma reportagem especial na qual compartilha o relato de um grupo de mulheres que afirmaram ter o acesso ao coronavoucher negado. De acordo com o texto, as beneficiárias, inscritas no projeto social do governo federal, estão recebendo apenas os valores básicos do Ministério da Cidadania, não cumprindo com a promessa dos acréscimos durante o período da pandemia.
Segundo o próprio governo federal, o valor do auxílio emergencial seria liberado para todas as famílias cadastradas no Bolsa Família.
Para ter acesso ao pagamento, os beneficiários não precisariam nem solicitar a quantia, tendo em vista que os depósitos aconteceriam de forma automática, conforme o cronograma do projeto.
No entanto, na última semana, com a finalização da liberação do mês de abril, pode-se comprovar que o grupo não teve acesso ao auxílio.
Ao conferirem suas contas, as entrevistadas alegaram que entraram em contato com o governo, por meio dos aplicativos do Auxílio Emergencial e do Bolsa Família, e foram informadas de que os dados de cadastro não foram aprovados para ter acesso ao benefício.
Regras para ter acesso ao auxílio de R$600
É válido ressaltar que, conforme o texto da MP do Auxílio Emergencial, as regras para os beneficiários do Bolsa Família são:
- Estar com a inscrição regularizada no projeto;
- Se enquadrar nos níveis de renda estipulados pelo ministério da cidadania;
- Não receber demais auxílios como BPC, INSS, entre outros;
- Ter tido acesso aos depósitos do BF nos últimos meses;
- Não apresentar vínculo empregatício formal.
Acréscimo de R$ 1.200 suspenso
Para as mães solteiras, o auxílio emergencial ainda teria um acréscimo duplo. Aquelas que comprovassem a posição de chefes de família teriam direito a um recebimento total de R$ 1.200. No entanto, o valor também não foi liberado, nem mesmo os R$ 600 iniciais.
Posicionamento da Caixa
Questionada sobre tal situação, a Caixa Econômica informou que não tem controle sobre a lista de beneficiários.
De acordo com a instituição, o envio de quem terá acesso ou não ao pagamento é de responsabilidade da Data Prev e a mesma apenas repassa os auxílios para as contas enviadas.
Quanto ao Ministério da Cidadania, até o momento desta publicação, não se manifestou à respeito.