Chegando a sua última fase, o programa Desenrola Brasil, que realiza a renegociação de dívidas com descontos e benefícios, abrirá neste mês de setembro as oportunidades de quitação dos débitos para um novo grupo.
Lançado no mês de julho, o programa já negociou mais de 1,9 milhão de contratos. Agora, a nova fase do Desenrola Brasil, que deverá ser iniciada nos últimos dias deste mês de setembro, abrirá as negociações com Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas.
Durante a primeira etapa, as oportunidades estavam restritas às instituições financeiras, que seguem oferecendo descontos e facilidades de negociação como juros baixos e parcelamento.
Com a nova fase, também passarão a ser negociadas dívidas com empresas como fornecedoras de água, energia, internet e outros serviços. Essa etapa tem como foco os brasileiros que possuem renda de até dois salários mínimos e débitos de até R$ 5 mil.
Essas dívidas serão separadas em lotes pelo Governo Federal e leiloadas para os credores. Ao arrematar o grupo de dívidas, as empresas passarão a ter acesso ao Fundo Garantidor de Operações (FGO), que disponibilizará R$ 8 bilhões como garantia para o pagamento dos débitos.
Com esse baixo risco na operação, a expectativa é que as empresas passem a oferecer descontos cada vez mais acessíveis para os devedores, facilitando assim a quitação do débito e a retirada de milhares de brasileiros das listas de restrição de crédito, o que deverá auxiliar na movimentação da economia do país.
Como funcionará a nova fase do Desenrola Brasil?
A partir do final do mês, o devedor poderá realizar a negociação por meio de um portal que ainda será disponibilizado pelo Governo Federal. Nele estarão reunidas as dívidas e as facilidades de pagamento como desconto no valor total, possibilidade de parcelamento e baixo juros. Ao acessar o portal, o consumidor poderá escolher a opção que melhor lhe atende.
No total, o programa Desenrola Brasil contará com três etapas. A primeira, que já foi encerrada, removeu do cadastro negativo pessoas que possuíam dívidas de até R$ 100 e que tenham sido contraídas até 31 de dezembro de 2022. Já na segunda fase, estão sendo negociados os débitos com bancos que estão registrados em nome de brasileiros com renda de até R$ 20 mil.