Diferente do que muitas pessoas possam imaginar, o pente-fino no Bolsa Família continua ativo. Até dezembro deste ano todos aqueles que não cumprem mais com as regras de acesso ao programa, mas que ainda assim continuam recebendo-o, deverão ser excluídos. A ideia é liberar espaço para incluir quem está na fila de espera.
O pente-fino no Bolsa Família começou no início deste ano, e desde então milhões de cadastros irregulares têm sido excluídos. Apenas no mês de março foram 1,4 milhões de famílias retiradas do programa, a grande maioria, cerca de 1 milhão, tiveram seu benefício cancelado devido ao descumprimento das regras que dão acesso ao programa.
O público alvo do pente-fino que na verdade acontece nos dados do Cadastro Único, são as famílias unipessoais, aquelas compostas por uma única pessoa. Apenas nesta composição foram mais de 930 mil excluídos até agora. O total de contemplados pelo programa no último ano ganhou destaque, eles ocupavam cerca de 22% do total de beneficiados pelo Auxílio Brasil, programa da época.
O aumento de unipessoais chamou atenção para uma possível fraude, com o recebimento do auxílio por pessoas da mesma família, acumulando pagamentos, o que é proibido. Diante disso, o pente-fino do Bolsa Família passou a cruzar os dados com outras plataformas do governo e descobriu uma série de irregularidades, segundo afirmação do Ministério do Desenvolvimento Social.
Quem pode ser bloqueado com o pente-fino no Bolsa Família?
De acordo com as regras do pente-fino no Bolsa Família, algumas situações causam o bloqueio do pagamento. Caso seja notificado sobre a suspensão do seu auxílio, o titular deve comparecer até uma unidade do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) para atualizar os dados e tentar reativar o pagamento.
O aviso sobre o bloqueio do benefício é enviado via SMS, ou por notificação no aplicativo do programa, vale a pena estar atento a esses canais. Ainda assim, nunca clique em nenhum link que promete reativar seu benefício, porque é golpe. Prefira sempre o comparecimento de forma presencial no CRAS.
As razões que bloqueiam o benefício são:
- Estar com dados desatualizados no Cadastro Único;
- Ultrapassar o limite de renda de R$ 218 por pessoa;
- Caso a renda por pessoa chegue a meio salário mínimo, a família passa a receber 50% do valor do benefício pelo período de dois anos;
- Falecimento do titular;
- Descoberta de fraude nas informações cedidas no Cadastro Único.