Na última segunda-feira, 31 de julho, foi aprovado pelo CDPED (Conselho Diretor do Programa de Desestatização – Concessões) o modelo que vai estruturar a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Hoje, esta empresa é a responsável pelo fornecimento de água e esgoto em 70% do estado.
De acordo com as informações que foram compartilhadas pelo governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a privatização da Petrobras acontecerá no estilo follow up. Isso significa que haverá uma nova oferta de ações na bolsa de valores, que reduz a participação total do governo na empresa. Mas ainda não há uma data fixa para que esse processo aconteça.
Quando o plano for colocado em prática, novos sócios poderão comprar uma participação na companhia de saneamento básico. Isso significa que o poder não será mais absoluto do governo do estado. A fatia que continuaria a pertencer ao governo ainda será definida, de acordo com Tarcísio. Hoje, o governo tem 50,3% de participação dentro da empresa.
Desta forma, a Sabesp conseguiria alcançar um reforço de caixa para, segundo o governo, antecipar as metas de universalização previstas no marco do saneamento, de 2033 para 2029, além de uma injeção de R$ 66 bilhões em investimentos.
“Com esse modelo, nós vamos conseguir atender todos os municípios, independentemente da base de clientes ou da rentabilidade. A gente consegue fazer isso com antecipação de prazo e redução de tarifas”, disse Tarcísio.
Como a privatização da Sabesp impacta na conta de água?
Segundo o governador Tarcísio de Freitas, com a captação de recursos e a possibilidade de aumentar o investimento neste setor, será possível investir na rede coletora, interceptora, estações de tratamento e dessalinização. Ou seja, melhorar todo o funcionamento do saneamento básico fornecido pela Sabesp.
Há grandes expectativas de que este seja o grande marco do governo de Tarcísio, por isso, a empresa deve estar nas mãos da iniciava privada já em 2024. Mas como fica a conta de água nesta história? Inicialmente, o cenário parece ser favorável a redução dessa cobrança.
Isso porque, haverão mais investimentos no funcionamento de todo sistema de fornecimento o que deve dividir e baratear os custos para os sócios, e consequentemente para os consumidores.