Mobiliar uma casa não é fácil e muito menos barato. Alguns itens, embora pareçam corriqueiros, podem pesar bastante no orçamento. Visando descomplicar este processo e auxiliar as famílias com baixo poder aquisitivo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, propôs um programa capaz de baratear eletrodomésticos.
O anúncio foi feito na última quarta-feira, 12, pelo próprio presidente, que disse ter sugerido ao seu vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que o Governo Federal lance um programa específico para baratear eletrodomésticos.
A ideia do petista é dar uma nova abertura para a “linha branca”, facilitando a compra de geladeira, televisão, máquina de lavar roupa. Segundo ele, é extremamente normal a necessidade de trocar os utensílios de tempos em tempos. Logo, a possibilidade de baratear eletrodomésticos será uma mão na roda deste processo.
“Quando a geladeira velha está batendo, não está gelando a cerveja bem, e está gastando muita energia, você tem que trocar. E, se está caro, vamos tentar baratear, vamos encontrar um jeito”, afirmou o presidente.
Baratear eletrodomésticos é antiga tática de Lula
A proposta de Lula em baratear os eletrodomésticos não é exatamente uma novidade. A medida foi colocada em prática pelo petista no ano de 2009, quando estava no segundo mandato como presidente da República. Na época, o petista reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) durante alguns meses.
Entretanto, o novo programa sugerido por Lula para Alckmin, será semelhante ao programa de barateamento de veículos, que vigorou em todo o país no mês de junho.
“Nós fizemos uma coisinha pequena, reduzimos um pouquinho o preço dos carros. O que aconteceu? A gente vendeu mais carros do que teve capacidade de produzir no período”, disse Lula, afirmando sobre a relevância deste tipo de programa para que as pessoas consumam e a economia volte a girar.
Dirigindo-se à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, Lula pediu ajuda para viabilizar os descontos. “Simone, você e o Aloizio [Mercadante, presidente do BNDES] abram a mão um pouquinho para a gente poder facilitar a vida desse povo que quer ter acesso às coisas”.
Em sua fala, Lula acrescentou que é necessário que a população consuma “de forma responsável”, a fim de não entrar em dívidas. O presidente disse ainda, que o Desenrola, programa de renegociação de dívidas do Governo Federal, começará a operar nos próximos dias.