Neste ano o Banco Central liberou a consulta de dinheiro que foi esquecido no banco em diferentes instâncias. No entanto, com o aumento de procura por esses valores, os criminosos enxergaram como uma oportunidade de aplicar novos golpes. Por isso é importante estar atento as mensagens que prometem ajudar, mas na verdade são perigosas.
O Sistema Valores a Receber (SVR) criado pelo Banco Central (BC) tem como objetivo devolver para pessoa física, jurídica e herdeiros de pessoas já falecidas, os valores que não foram resgatados em bancos. Vale para devolução de tarifas, cotas de consórcios, fundos de poupança ou investimentos, e tudo aquilo que o cidadão tinha direito de receber, mas não havia feito o saque.
Na última sexta-feira (7), o BC informou que R$ 7,1 bilhões ainda podem ser resgatados por meio do SVR. Os dados são de maio deste ano, e por isso não há precisão total sobre a quantia ainda disponível para resgate. Segundo o Banco, deste total, R$ 5,7 bilhões são para quase 36,6 milhões de CPFs; e R$ 1,4 bilhão para 2,8 milhões de CNPJs.
Segundo o Banco Central, quase 62,84% dos resgastes devem ser de até R$ 10. Talvez por isso, muitas pessoas acabem “deixando pra lá”, e ignorando o saque dos valores que estão disponíveis. Todos podem fazer a consulta da quantia online e em um único canal: site do BC em Valores a Receber.
Criminosos fraudam site do Banco Central
De acordo com a empresa de segurança cibernética, Kaspersky, há criminosos imitando o site do Banco Central com logotipo, layout e todas as informações originais. A diferença é que ao oferecer a possibilidade de consultar se há valores disponíveis em seu nome, o portal pede que a vítima pague R$ 97,00 como forma de liberação da quantia esquecida.
Vale lembrar que o BC nunca solicita o pagamento de nenhum valor para desbloqueio da consulta ou do resgate do dinheiro esquecido. Para se proteger e não perder dinheiro nestes golpes é importante:
- Nunca clicar em links compartilhados via WhatsApp com chamadas que parecem irresistíveis;
- Não passar senha de cartão, código de segurança e nem número do CPF para qualquer pessoa que ligar pedindo essas informações;
- Ficar atento se a página acessada está ligada ao Gov.br, caso contrário as chances de ser golpe são grandes;
- Fique atento aos erros de português e concordância verbal.