Atenção! PIX sofrerá grandes IMPACTOS por conta de operação padrão dos servidores do Banco Central

Pontos-chave
  • PIX pode sofrer atrasos devido a decisão de servidores do BC
  • Insatisfação entre os servidores é grande

Na última sexta, 30, os servidores do Banco Central aumentaram a pressão contra o governo federal. Diante disso, comunicaram que dariam início hoje, 3 de julho, a uma “operação padrão”. Diante disso, o PIX pode ser prejudicado. Entenda.

Atenção! PIX sofrerá grandes IMPACTOS por conta de operação padrão dos servidores do Banco Central
Atenção! PIX sofrerá grandes IMPACTOS por conta de operação padrão dos servidores do Banco Central (Imagem FDR)

Com esta operação padrão, o lançamento do PIX Automático, modalidade muito esperada, poderá atrasar. Mas este não é o único problema, uma vez que esta decisão dos servidores também pode afetar a regulamentação do mercado de criptomoedas.

Decisão de servidores do Banco Central pode afetar o PIX

De acordo com uma nota do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), remetida ao InfoMoney, os servidores do BC irão reforçar medidas. Entre elas estão a remarcação da reunião plenária do Fórum PIX e “atrasos ou interrupções em diversos outros serviços do BC”, sem entrar em detalhes do que seria afetado.

A aprovação da “operação padrão” aconteceu com mais de 95% dos votos dos presentes na assembleia do sindicato. A votação foi na última quinta, 29.

Este lançamento é tido como muito importante pelo Banco Central. Isto pois tem o objetivo de acirrar a competição, uma vez que atualmente o débito automático precisa de convênios bilaterais entre empresas e instituições, algo que acaba favorecendo os “bancões”.

Outro ponto que poderá ser prejudicado com esta decisão é a regulamentação do mercado de criptoativos. Fora isso, departamentos da instituição já contataram as instituições financeiras e ressaltaram possíveis atrasos em outras áreas.

Servidores insatisfeitos 

Dentro do Banco Central, a insatisfação já é muito grande. Técnicos e até mesmo servidores de alto escalão estão falando sobre a situação de maneira pública sempre que possível. Tidos como integrantes da elite do funcionalismo, geralmente os servidores do Banco Central não fazem reivindicações públicas.

Paralisações 

Ao longo deste ano, os servidores do BC fizeram paralisações pontuais, que demoravam horas ou alguns dias da semana. Eles pleiteavam a restruturação da carreira, algo que causou a maior greve da historia do Banco Central no ano passado. No entanto, este movimento não trouxe ganhos reais para a categoria.

Em decorrência desta grave de 2022, muitos atrasos em publicações do BC aconteceram.

Foram detectados atrasos no Boletim Focus, no movimento de câmbio no Brasil, as operações cambiais do BC e até mesmo o Relatório de Poupança.

Este descontentamento só aumentou neste ano. Isto porque  o governo regulamentou o bônus de eficiência dos auditores fiscais da Receita Federal. Agora os servidores do Banco Central acusam o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos de “arrogância sem limites”.

“É inaceitável o descaso dado pelo atual Ministério da Gestão e Inovação”, disse o presidente do sindicato, Fábio Faiad, segundo o InfoMoney.

O sindicato disse ainda que novamente os integrantes do Ministério da Gestão e da Inovação negaram  o avanço da reestruturação de carreira da categoria, “bem como apresentaram todo tipo de dificuldades em relação às outras demanda — em contraponto evidente ao tratamento amistoso e favorável dado aos servidores da Receita Federal”.

“Não há motivos para que os excelentes quadros do BC, servidores públicos de estado, concursados que fizeram o Pix, o Open Finance, o Sistema de Valores a Receber [SVR] e que atuam com excelência em áreas tão relevantes como supervisão do sistema financeiro, inclusão financeira, políticas monetária e cambial e similares, continuem a ser tratados de forma desigual ou mesmo inferior a outras carreiras do Executivo Federal”, disse Faiad, segundo o InfoMoney.

“O sucateamento a olhos vistos da carreira de especialista do órgão, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres, coloca em risco as entregas da autarquia à sociedade”, seguiu o presidente do sindicato, segundo o InfoMoney.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.