Titular do Bolsa Família se surpreende com GARANTIA de 50% em seu pagamento

Uma das grandes problemáticas em torno do Bolsa Família era o fato do programa ser cortado quando a família ultrapassava o limite de renda. Na prática, especialistas e críticos viam essa regra como um desestimulo para que aquele grupo encontrasse um emprego formal que pudesse elevar sua renda. Com o relançamento do programa uma regra garante o pagamento do auxílio. 

Titular do Bolsa Família se surpreende com GARANTIA de 50% em seu pagamento
Titular do Bolsa Família se surpreende com GARANTIA de 50% em seu pagamento (Imagem: FDR)

Atualmente, para receber o Bolsa Família além de estarem inscritos no Cadastro Único os interessados precisam ter renda familiar de no máximo R$ 218 por pessoa. Não entra na soma da renda per capita o que é recebido em outros benefícios sociais, oferecidos pelo município, estado ou país, como o vale-gás. A exceção fica para o BPC (Benefício de Prestação Continuada) que entra na soma. 

Com o relançamento do programa por meio de uma lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula, uma regra importante foi apontada. A ideia é proteger com o pagamento de 50% do valor do benefício as famílias que aumentarem a sua renda. A regra começou a ser aplicada nesse mês de junho e 738,7 mil famílias já entraram nesse sistema com o pagamento mantido.

A maior parte das famílias na regra de proteção é da região Sudeste (252,7 mil). Em seguida aparece a região Nordeste, com 227 mil famílias. São ainda 95 mil no Sul, 82,6 mil no Norte e 81,2 mil no Centro-Oeste. Nesse caso, esses grupos receberão um valor médio de R$ 380,32 por meio do Bolsa Família.

Como conseguir a regra de proteção do Bolsa Família?

Existem alguns requisitos que garantem a permanência de 50% do valor do Bolsa Família em caso de aumento de renda. Para o governo, ao trazer a regra de proteção é possível estimular a independência financeira das famílias e o emprego formal. Isso porque, muitos optam pelo trabalho informal a fim de não interferir no recebimento do Bolsa.

Mas é preciso responder as condições:

  • A renda da família não pode subir mais do que R$ 606 por pessoa;
  • O auxílio será cortado em 50% do que é recebido;
  • O benefício será pago pelos próximos dois anos.

Caso nesses dois anos a família perca a outra fonte de renda, ou tenha pedido para sair do programa, pode voltar ao Bolsa Família e recebendo a quantia total de 100%. Mas é preciso atualizar os dados no Cadastro Único por meio do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com