O Bradesco é um dos mais importantes bancos do país e atende diariamente milhões de clientes. No entanto, uma decisão polêmica vem gerando revolta e protestos em todo o Brasil. Entenda o que está acontecendo.
Os sindicatos dos bancários de todo o país lançaram nesta quarta, 31, a campanha #AVergonhaContinuaBradesco. Esta campanha que foi criada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, tem a finalidade de protestar contra o fechamento de agências e contra as demissões realizadas ao longo dos últimos meses.
Bradesco toma decisão que desagrada bancários
De acordo com os sindicatos, a decisão de fechar agências sobrecarregou as unidades que permanecem funcionando. Fora isso, eles afirmam que as pessoas e os clientes como um todo são atingidos pelas filas imensas, atendimento demorado e dificuldade de acesso aos serviços bancários.
Esta não é a primeira vez que o Bradesco causa polêmica e provoca revolta nos sindicatos.
No ano de 2020, no decorrer na pandemia do coronavírus, foi iniciada pelos sindicatos de todo o país a campanha “Que vergonha Bradesco”, com objetivo de denunciar que o banco estava conquistando lucros recordes, ao passo que seus funcionários sofriam com assédio moral por conta de metas abusivas, ameaças de demissões, sobrecarga de trabalho em decorrência do corte de pessoal e fechamento de agências.
Atualmente, mesmo tendo alcançado um lucro de cerca de R$ 20 bilhões no ano passado, o Bradesco fechou 1.276 postos de trabalho, 93 agências e 174 unidades de negócios.
“A vergonha continua, Bradesco. O quadro de funcionários do Bradesco é extremamente enxuto, e a política de demissões e fechamento de agências está comprometendo o atendimento aos clientes. Embora o banco afirme que os funcionários das agências fechadas estão sendo realocados, nossa preocupação é com a manutenção dos empregos”, disse Magaly Fagundes, coordenadora da COE e secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ao Contraf-CUT.
Fechamento de agências e demissões
De acordo com Magaly Fagundes, diversas agências que se tornaram unidades de negócios foram fechadas em pouco tempo, o que causou mais demissões. “Isso é algo inaceitável. O banco precisa cumprir efetivamente o que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), garantindo a requalificação e realocação desses funcionários como forma de preservar seus empregos.”