Na última semana, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou algumas novidades. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passará a contar com o apoio das funcionalidades do WhatsApp, para enviar notificações aos segurados acerca de perícias médicas, solicitações de benefícios, entre outras orientações.
De acordo com o chefe da pasta, inicialmente, o INSS fará um teste pelo prazo de um mês no WhatsApp, embora não tenha informado a previsão para início deste serviço. Segundo o Ministério de Previdência, estudos e avaliações internas continuam sendo realizados para que a novidade seja colocada em prática no melhor formato possível.
“Temos mais celulares do que pessoas. Todo mundo se comunica hoje pelas mensagens. Se conseguirmos utilizar essa ferramenta, vamos melhorar sensivelmente a comunicação com o cidadão”, afirmou o ministro.
Na oportunidade, Carlos Lupi também informou que o ministério firmará acordos de cooperação técnica com os ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário e a Marinha, no intuito de compartilhar informações como os dados do Cadastro Único (CadÚnico).
Como funciona o atendimento virtual do INSS?
Atualmente, o atendimento virtual do INSS conta com uma ferramenta de inteligência artificial (IA), chamada Helô. Ela é responsável pela comunicação com os segurados da autarquia. Contudo, sua capacidade é limitada a instruí-los a como buscar informações no site ou aplicativo Meu INSS, não fazendo contato direto com os usuários.
Na prática, a Helô é a assistente virtual do INSS, que funciona como um plantão para tirar dúvidas, sobretudo acerca das funcionalidades digitais. Neste caso, é o cidadão que deve buscar esse suporte através dos canais do instituto.
Contudo, golpistas já usam a imagem da IA na tentativa de passar credibilidade ao beneficiário e fazê-lo acreditar que o contato realmente está sendo feito pelo órgão federal.
Exemplos como esse trazem à tona debates e dúvidas acerca da amplificação dos golpes envolvendo o INSS no WhatsApp. Esta já é uma prática criminosa recorrente. O que facilitava a identificação é que, até então, o instituto não fazia nenhum tipo de contato direto com os segurados, sobretudo por redes sociais. Agora, ficará ainda mais difícil discernir este tipo de atividade.
O INSS já fez diversos alertas sobre golpistas que dizem fazer parte do instituto para reunir dados das pessoas para obter vantagens. O órgão reiterou que nunca entra em contato direto para solicitar dados, pedir envio de fotos ou documentos ou mandar links para executar determinada tarefa.