- Mudanças no consignado do INSS suspenderam seu oferecimento;
- O produto ficou 13 dias sem ser oferecido;
- Os bancos estão atualizando seus sistemas com as novas cobranças.
Na última terça-feira (28) o CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) se reuniu novamente, dessa vez contando com a presença de membros do governo federal, e alterou a taxa de juros do crédito consignado. Com a mudança, os bancos voltam a oferecer empréstimo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Algumas instituições financeiras já autorizaram esse produto.
No dia 13 de março por sugestão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, o CNPS aprovou uma nova taxa de juros para empréstimo do INSS. A cobrança caiu de 2,14% ao mês para 1,70%, mas foi fortemente criticada pelos bancos que deixaram de oferecer o consignado para os aposentados e pensionistas. A justificativa foi de que com essa cobrança seria inviável o funcionamento do produto.
A situação ainda gerou um mal estar entre os ministros do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Tudo porque, o teto de juros do consignado do INSS foi reduzido sem antes passar pelo ministério da Fazenda e da Casa Civil. E ao que tudo indica, Lula havia aprovado essa discussão, mas não sem que o governo pudesse dar sua opinião.
A nova reunião da CNPS que aprovou uma nova taxa de juros para o empréstimo do INSS buscou atender as demandas dos bancos, para que voltassem a oferecer o produto. Sem deixar de beneficiar aposentados e pensionistas que haviam solicitado que a cobrança fosse reduzida de 2,14% ao mês.
Nova taxa de juros do empréstimo do INSS
De acordo com fontes ligadas ao governo federal aos jornalistas, foi preciso que o presidente Lula batesse o martelo trazendo a nova taxa de juros do empréstimo do INSS. Isso porque, os ministros junto ao CNPS não conseguiam chegar a um consenso.
O Conselho, no entanto, foi favorável ao novo valor cobrado com 11 votos concordando com a medida. Desde o dia 28 de março, então, as mudanças aprovadas foram de:
- Empréstimo consignado: até 1,97% ao mês;
- Cartão de crédito consignado: até 2,89% ao mês.
Horas depois do governo federal anunciar que essa mudança foi aprovada, e que a taxa de juros do crédito consignado de 1,70% não seria mais a referência, os bancos já começaram a se posicionar a favor do empréstimo do INSS.
Bancos anunciam novidade com o empréstimo do INSS
Com as alterações já anunciadas, os aposentados e pensionistas que quiserem contratar empréstimo do INSS já podem procurar os bancos. Dados do BC (Banco Central) indicam que 18 bancos que operam no Brasil na modalidade de empréstimo consignado do INSS já atuam dentro do novo teto de juros de 1,97% que foi recentemente aprovada.
O BC lista quais são as instituições bancárias que oferecem esse tipo de produto dedicado aos segurados do INSS. Dos 39 bancos que entre os dias 8 a 14 de março ofereciam o consignado para aposentados e pensionistas, 18 oferecem juros igual ou inferior a 1,97% enquanto 21 bancos terão que abaixar sua cobrança.
O banco que apresenta as menores taxas de juro para empréstimo consignados é o CCB Brasil (China Construction Bank), com 1,35% ao mês. Completam o top 3 o Sicoob e o BRB, com 1,64% e 1,67%, respectivamente. Já as instituições com as maiores taxas de empréstimo são: Zema Financeiro (2,15%, acima do teto), Pan (2,13%) e o Banese (2,12%).
Onde pedir empréstimo do INSS
O empréstimo consignado para segurados do INSS oferece uma margem de 45%. Isso significa que até 45% do salário do cidadão pode ser reservado para o pagamento do empréstimo. Ao contratar o crédito, o valor das parcelas serão descontas diretamente do benefício previdenciário.
Com a garantia de que receberão pelo dinheiro emprestado, os bancos oferecem uma taxa de juros mais vantajosa comparado ao que é oferecido pelo crédito pessoal. Quem não quiser receber ofertas de empréstimo do INSS, pode sinalizar o desejo por meio do aplicativo Meu INSS.
Os interessados, por outro lado, poderão solicitar o empréstimo consignado em diferentes instituições. As mais conhecidas e que já assumiram o compromisso de atualização das suas taxas de juros são:
- Caixa Econômica;
- Banco do Brasil;
- Bradesco;
- Santander;
- Sicoob;
- Banco PAN;
- BTG Pactual.
O Itaú foi o único grande banco que afirmou que ainda vai reavaliar o oferecimento do produto.
