Nesta quarta, 21, a Caixa Econômica Federal revelou que no 4º trimestre de 2022 registrou um lucro líquido de R$2,2 bilhões, ante R$3,2 bilhões conquistados no mesmo trimestre do ano anterior. Confira mais detalhes.
Considerando os 12 meses do ano passado, o resultado total foi de R$9,8 bilhões, uma redução de 43,4% em comparação com 2021.
Estes dados são relativos aos últimos meses de comando de Daniella Marques. No dia 12 de janeiro, Rita Serrano se tornou presidente da Caixa, após a nomeação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No período de um ano, a carteira de crédito da Caixa atingiu R$ 1,0 trilhão, um aumento de 16,7%. Foram liberados, entre outubro e dezembro do ano passado, R$ 123,9 bilhões em crédito, um crescimento de 7,2% em 12 meses. Foram R$ 509,8 bilhões em originação de crédito total em 2022, crescimento de 16,6% em relação a 2021.
No quarto trimestre de 2022, o saldo em carteira do crédito imobiliário bateu R$ 637,9 bilhões, montante 13,6% maior que detectado no mesmo período de 2021. Fora isso, a participação de mercado no crédito imobiliário ficou em 66,2%.
De acordo com o banco, foram liberados R$ 91,2 bilhões em contratações de crédito imobiliário SBPE (um aumento de 10,1% ante 2021) e R$ 70,5 bilhões em contratações de crédito imobiliário FGTS (crescimento de 22,2% em comparação com o ano anterior).
Crescimento similar foi o observado no saldo do crédito consignado: 22,8%, batendo R$ 102,5 bilhões. O crédito ao agronegócio, por sua vez, deu um salto. O saldo em carteira do setor totalizou R$ 44,1 bilhões, crescimento de 167,5% ante 2021.
A Caixa Econômica, em captações totais, totalizou cerca de R$ 1,2 trilhão, com ênfase para a poupança, que conquistou 36,1% de participação de mercado, finança na liderança do segmento.
Presidente da Caixa fala sobre juros
Maria Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica fez duras crítias envolvendo a atual taxa básica de juros brasileira, a Selic.
Serrano criticou a permanência da taxa de juros Selic em 13,75%, após a reunião do Copom do Banco Central. Ela disse em uma entrevista concedida ao Jornal O Globo, publicada em fevereiro, que o patamar atual da taxa “traz um problema ainda maior para a Caixa”.
Na visão de Rita, os bancos concorrentes levam vantagem nesse cenário de juros elevados por investirem no mercado financeiro. “Já a Caixa, por ser um banco social, tem que investir em crédito, a gente vem tendo restrições em algumas operações porque precisa orçamento para isso. A taxa de juros muito alta penaliza mais a Caixa e os clientes”, disse ela na entrevista.