No fim do mês passado, o ministério da fazenda havia divulgado informações sobre o aumento dos impostos federais sobre o petróleo. Uma semana após decisão, os consumidores já começam a sentir no bolso. A previsão, no entanto, não é tão otimista e deve gerar novas dores de cabeça. Acompanhe.
O ministério da fazenda planejava, com a volta dos impostos federais, um aumento de R$0,47 para a gasolina e R$0,02 para o etanol. A decisão de cobrar parcialmente o PIS/Cofins vem para evitar um aumento integral dos preços, tendo em vista que a MP assinada no começo do ano venceria no dia 28/02.
Esta MP, em um dos primeiros atos do presidente Lula, zerou as alíquotas do PIS e Cofins de gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás natural e GLP. Querosene de avião e gás natural também haviam sido inclusos. Com o vencimento da MP, era necessária uma decisão entre os governistas.
Havia um certo “mix” de opiniões sobre o assunto. A ala política do governo não gostaria que houvesse um aumento na ponta para a população, enquanto o time econômico preferia que houvesse a arrecadação dos impostos. Se a retomada não fosse parcial, o aumento da gasolina, por exemplo, seria de R$0,69.
Para o caso da gasolina, vimos que de fato o preço havia aumentado, porém abaixo do anunciado. Isto deve-se ao fato da Petrobrás reduzir o preço do combustível em R$0,13 no mesmo dia do anúncio realizado. Com isso, o impacto na ponta fica menor, assim como a arrecadação dos impostos.
A gasolina vai aumentar de novo? Algum combustível abaixou o preço?
Na ponta, o consumidor deve sentir um aumento no valor da gasolina que vai girar em torno de R$0,34. Para o caso do Etanol, o aumento deve ser em torno de R$0,02.
Por ter sido um aumento parcial, o governo Lula pretende criar um imposto para a exportação de petróleo cru. A expectativa de arrecadação é de R$6,7 bilhões nos primeiros quatro meses de atuação e a alíquota será aproximadamente 9,2%.
Para o Diesel S-10, foi registrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) um queda no valor na ponta de 0,5%, sendo vendido à R$6,02. Além dessa redução registrada, o gás de cozinha também sofreu uma queda nos preços, sendo vendido ao preço médio nacional de R$107,50.