Entrevista recente com o Ministro do Trabalho diversos temas foram abordados, incluindo o Uber. O aplicativo de transporte de passageiros atua no Brasil há nove anos, no entanto, motoristas ainda seguem sem uma regulamentação específica. Entenda o impacto da fala de Marinho sobre o tema.
Na última segunda-feira foi divulgada uma entrevista com o Ministro do Trabalho, diversos temas foram levantados, como uma possível mudança nas leis trabalhistas e o futuro da Uber no país. O aplicativo chegou ao Brasil em 2014 e segue sem uma regulamentação para os motoristas parceiros.
Regulamentação da Uber no Brasil
Na conversa, Marinho falou sobre a regulamentação dos aplicativos de transporte, que era inclusive uma das pautas do plano de governo de Lula durante a campanha presidencial.
Sobre a possibilidade de a empresa deixar o país, o ministro classificou como uma “chantagem”.
“As empresas estão dispostas a discutir. Na Espanha, no processo de regulação, a Uber e mais alguém disseram que iam sair. Esta rebeldia durou 72 horas. Era uma chantagem“, afirmou ele.
Como alternativa para essa possível saída da empresa, Marinho afirmou que convocaria os Correios para assumir a lacuna deixada, afinal, segundo ele, a empresa já tem familiaridade com a logística do país.
“Me falaram: ‘E se o Uber sair?’. Problema do Uber. Não estou preocupado. Posso chamar os Correios, que é uma empresa logística e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo tem aos montes no mercado”, diz.
O Ministro do Trabalho também afirmou que pretende incluir os trabalhadores da Uber no INSS, mas, ainda não tem certeza se eles serão inseridos na CLT.
Pronunciamento da Uber
Confira abaixo alguns trechos da nota emitida pela empresa sobre o assunto:
“A empresa que deixou o país após a regulação foi a Deliveroo, o que fez cerca de 4 mil entregadores espanhóis perderem acesso à geração de renda. A Uber continua suas operações na Espanha e tem apresentado ao governo os problemas identificados na implementação da regulação…”
… É fundamental que essa integração previdenciária seja feita a partir de um modelo mais vantajoso para motoristas e entregadores do que as opções atuais, consideradas muito caras e burocráticas por grande parte desses trabalhadores”, disse em nota.
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