Há muito tempo o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) deixou de ser apenas uma conta de proteção ao trabalhador. Desde que a Caixa Econômica Federal e o poder público passaram a permitir que ele seja usado para outras finalidades, o fundo tem se mostrado cada vez mais benéfico. Em 2022 o Conselho Curador aprovou uma nova finalidade para o saldo presente no fundo de garantia.
A nova aprovação do Conselho Curador promete movimentar o uso do FGTS a partir desse ano. Isso porque, foi aprovado que tudo o que for depositado pela empresa na conta do fundo de garantia possa ser usado para pagamento de financiamento imobiliário. A modalidade que foi chamada de FGTS Consignado ou Futuro, valerá para o financiamento do Casa Verde e Amarela.
Na prática, o trabalhador vai prometer comprometer os próximos depósitos no fundo de garantia para abater as parcelas do financiamento. A ideia é que os trabalhadores que hoje têm pouca comprovação de renda e por isso não conseguem financiar um imóvel de alto valor, agora possam usar o fundo para aumentar suas chances de comprar a casa própria.
Com o FGTS futuro o cidadão aceita que todos os depósitos feitos pelo empregador sejam encaminhados para o banco onde foi firmado o financiamento. Dessa forma, ele assume o compromisso de que pagará uma parcela maior e por consequência conseguirá financiar um imóvel de valor mais alto.
Quem pode usar o FGTS futuro?
O uso do FGTS consignado/futuro não é obrigatório, mas opcional. Quem não quiser usar o fundo de garantia para aumentar o valor da parcela do seu financiamento imobiliário não precisa fazê-lo. Comprometer as próximas parcelas do fundo de garantia é opcional e deve ser firmada com o banco.
A princípio foi decidido que apenas um público específico possa ter acesso ao financiamento imobiliário dentro dessa modalidade, são eles:
- Trabalhadores com carteira de trabalho assinada;
- Trabalhadores com renda família que não ultrapasse os R$ 2,4 mil.
O uso dos próximos depósitos feitos na conta do FGTS para abater o financiamento deve passar a ficar disponível a partir de fevereiro de 2023. Isso porque, os bancos deverão se adaptar as novas regras antes de disponibilizar essa opção.