Afinal, a GREVE DOS CAMINHONEIROS está acontecendo? Veja os impactos econômicos

Na última semana os grupos de WhatsApp de caminhoneiros e apoiadores de extrema direita receberam mensagens sobre a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros. A ideia era que a paralisação ocorre na sexta-feira passada, 18 de novembro. O motivo dessa vez seria um protesto contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Afinal, a GREVE DOS CAMINHONEIROS está acontecendo? Veja os impactos econômicos
Afinal, a GREVE DOS CAMINHONEIROS está acontecendo? Veja os impactos econômicos (Imagem: FDR)

Com o resultado das eleições presidenciais de 2022 que deu a Luís Inácio Lula da Silva (PT) a vitória, os apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a protestar. Por pelo menos cinco dias as principais rodovias brasileiras foram bloqueadas em uma nova greve dos caminhoneiros, onde veículos de transporte de carga eram proibidos de passar.

Diante do cenário caótico que contou ainda com queima de pneus e violência com quem não concordava com os atos, os ministros do STF solicitaram ajuda da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Foram aplicadas multas que chegaram a ultrapassar R$ 17 mil por conta do bloqueio das estradas e por descumprir o direito de ir e vir das demais pessoas.

O ministro Alexandre de Moraes também solicitou que 43 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas fossem bloqueadas. Isso porque esses grupos são suspeitos de ter financiado os atos antidemocráticos que aconteceram e que foram fumaceados por uma greve dos caminhoneiros. Essa decisão, no entanto, gerou nova revolta e a possibilidade de mais uma paralisação.

Está acontecendo uma nova greve dos caminhoneiros?

É importante dizer que qualquer paralisação sem que a associação de caminhoneiros se pronuncie em concordância, não pode ser chamada de greve dos caminhoneiros. Seria preciso um representante legal da classe para classificar com um ato desses profissionais.

O que ocorre, na verdade, é o posicionamento de pessoas de direita que se unem a caminhoneiros. Existem relatos de profissionais de carga autônomo indicando que as paralisações foram uma iniciativa de grandes empresas, mas que eles foram forçados a parar também.

Estão usando o nome dos caminhoneiros, mas eu não conheço um sequer que esteja paralisando hoje (18 de novembro)“, afirmou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Minas Gerais (Sinditac-MG), Antônio Vander Silva Reis, ao jornal Estado de Minas.

Ainda assim é importante dizer que no último balanço da PRF divulgado em 19 de novembro, haviam 5 rodovias com o fluxo totalmente interrompido, além de 18 estradas seguem com fluxo parcialmente interrompido. As manifestações ocorrem exclusivamente no Mato Grosso e no Pará. 

Impactos econômicos

Desde a primeira greve dos caminhoneiros em 2018, ainda no governo de Michel Temmer, o Brasil já conhecia a importância dos veículos de transporte de carga. São eles os responsáveis por fazer com que a economia brasileira flua tranquilamente. A paralisação acarreta em diversos problemas como:

  • Desabastecimento de supermercados, farmácias, postos de combustíveis, hospitais e outros;
  • Perda de validade de produtos e objetos que precisam chegar ao seus destino;
  • Encarecimento de produtos devido a escassez;
  • Perda de receita para empresas.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com