No dia 30 de outubro quando as manifestações contra o resultado das urnas que elegeu Luís Inácio Lula da Silva (PT) como próximo presidente começaram, elas foram chamadas de greve dos caminhoneiros. Isso porque, os veículos de transporte de carga passaram a travar as rodovias estaduais e federais. Um novo movimento deste tipo estava marcado para 7 de novembro, mas o líder da classe disse que os profissionais não aderiram a essa greve.
As manifestações inicialmente representada pelos caminhoneiros, protestou contra Lula e à favor de Jair Messias Bolsonaro (PL). Até o último domingo (6), os pontos de protesto foram perdendo força, conforme informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Uma nova greve geral foi convocada por bolsonaristas para esta segunda-feira (7), mas não conseguiu se consolidar.
Para à Folha de S. Paulo, Daniel Reis de Paula, conhecido como Queixada, é presidente da associação de caminhoneiros em Oliveira (MG), ele disse não ter tomado conhecimento de nenhum movimento de paralisação ou greve. E realmente durante todo o dia de ontem (7) não foi visto nenhum ponto de paralisação nas rodovias brasileiras.
Queixada também informou que caminhoneiros autônomos não estão envolvidos nos atos que já foram classificados como ilegais e antidemocráticos. “Quem está fazendo greve são grandes empresários, inclusive do ramo de transporte“, disse. Inclusive para os profissionais que recebem por viagem feita, este tipo de paralisação é totalmente prejudicial.
Por que os caminhoneiros decretaram greve?
A paralisação dos caminhoneiros aconteceu de 30 de outubro, ganhando mais força até 2 de novembro, e perdendo poder por volta de 4 a 5 de novembro. Diante de um cenário de paralisação nacional, que prejudicou o abastecimento de supermercados, postos de combustíveis, hospitais e produções de vacina, o STF (Supremo Tribunal Federal) se posicionou.
Foi expedida uma ordem para que a PRF agisse para desbloquear as rodovias e deter os pontos de protesto. Ao longo dessas semanas alguns caminhoneiros se posicionaram e confirmaram que muitos deles não tinham como intenção bloquear as rodovias, mas acabaram impedidos de continuar viagem por manifestantes bolsonaristas.
Isso mostrou que na verdade, os protestos foram muito mais de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que não concordaram com o resultado as urnas, do que de caminhoneiros. A polícia tem agido para impedir qualquer ato de protesto que possa prejudicar o direito de ir e vir dos demais cidadãos.
“Dentro da categoria dos caminhoneiros, foram as grandes empresas que estiveram presentes [nos atos iniciados após o resultado das eleições presidenciais]. Transportadoras e grandes empresários. O caminhoneiro autônomo que estava nas rodovias ficou preso [nos bloqueios]“, afirma Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística).