Na noite de quarta-feira, 2, onze estados ainda registravam paralisação dos caminhoneiros em atos antidemocráticos. O bloqueio das rodovias tem afetado diretamente a economia do país, com o desabastecimento dos supermercados, e o risco da gasolina acabar nos postos de combustíveis. Ainda que não estejam aliados aos protestos, todos os caminhoneiros estão sendo obrigados a paralisar sua rota.
As paralisações dos caminhoneiros começaram na noite do dia 30 de outubro, quando o resultado das urnas foi apurado e divulgado. Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente do país com mais de 60 milhões de votos. Desde então, apoiadores do atual governante Jair Bolsonaro (PL) têm feito atos ilegais de paralisação das rodovias. O que afeta a distribuição de gasolina para os postos.
Além de atingir o abastecimento dos supermercados que já tem diminuído, provocando o atraso de voos, a chegada de insumos para vacinas, o funcionamento da indústria e toda a cadeia da economia nacional. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) expediram uma ordem desde a noite do dia 31 de outubro para que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) agisse nesses pontos.
O estado de Santa Catarina, que concentra a maior parte das interdições, já registrava 70% dos postos sem a disponibilidade de gasolina. O Sindipetro-SC já esperava que o fornecimento voltasse ao normal desde a noite do dia 2, até o início do dia 3 de novembro.
A gasolina vai acabar na minha cidade?
De acordo com o sindicato da região de Campinas, 80% dos postos de combustíveis não tinham mais gasolina para oferecer aos consumidores. No entanto, medidas autoritárias contando com a ajuda da polícia estavam sendo tomadas para normalizar o tráfego dos caminhões e recompor o estoque de produtos.
Diante desse cenário, para saber se na sua cidade haverá o risco de ficar sem gasolina, primeiro é preciso saber como está o tráfego nas rodovias próximas. O número de paralisações tem caído significativamente, o que indica a volta do funcionamento dos transportes de carga em todo país.
Para não cair em fake news e gerar desespero, ligue para o posto de combustível mais próximo do seu endereço e se informe sobre a disponibilidade do produto. A ideia é que o sistema de abastecimento volte ao normal pelo menos até sexta-feira, 4, sem que os consumidores precisem fazer reserva de produtos.