Eleições 2022: Se vencer, LULA deve AUMENTAR a taxação dos mais ricos

Nesta semana, o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tem a intenção de realizar uma reforma tributária no Brasil, deixando o sistema mais progressivo. Na visão do petista, é necessário convencer as pessoas da necessidade de uma politica tributária progressiva.

“Ou seja, uma política tributária que cobre mais de quem ganha mais e cobre menos de quem ganha menos. É por isso que nós estamos isentando [do IR] quem recebe até R$ 5 mil (ao mês)”, afirmou Lula, em uma entrevista à Rádio Mix de Manaus.

Na visão do candidato, a taxação mais alta para aqueles que possuem maior renda é uma questão de justiça social. “Precisamos fazer as pessoas compreenderem que pagar Imposto de Renda corretamente é fazer justiça neste país. Quem ganha mais tem que ter a responsabilidade de pagar mais, e quem ganha menos tem o direito de pagar menos.”

Na visão de Lula, este tema está incluso na proposta que pretende remeter para o Congresso, se for eleito no próximo domingo, 30. Nós vamos fazer uma proposta que as pessoas que ganham lucros e dividendos paguem um pouco mais, para que se possa fazer a distribuição correta neste país”, afirmou.

Porém, com base em seus governos anteriores, Lula ponderou que a formação da Câmara dos Deputados e do Senado pode ser um obstáculo para as  mudanças no sistema de cobrança de impostos e tributos. “A maioria que está no Congresso Nacional é de pessoas que têm, de certa forma, posses. Não são os pobres que estão no Congresso Nacional”, afirmou o petista fazendo que grande parte dos parlamentares é de classe média ou é rica. “Essa gente não quer taxar os seus próprios recursos”, afirmou.

No entanto, ele disse que esta dificuldade pode ser superada caso a sociedade tenha noção da importância da reforma tributária. “Se a sociedade estiver convencida, fica fácil convencer o Congresso Nacional. Se a sociedade não estiver convencida, é mais difícil convencer o Congresso Nacional.”

Por fim, o candidato disse ainda que mudanças no formato de arrecadação são necessárias até mesmo para manter os benefícios que asseguram a renda mínima para a população mais carente. “O mundo inteiro está discutindo como o Estado (pode) funcionar para sustentar as pessoas pobres que não conseguem mais emprego. Vamos cuidar disso com muito carinho também logo no começo do nosso mandato”, disse.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.