Uma boa notícia para quem faz compras no supermercado frequentemente. Na quinta-feira, 13, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) mostrou que no terceiro trimestre do ano houve queda de 9,89% no valor dos alimentos. A pesquisa considerou os meses de julho a setembro deste ano, e o preço cobrado por produtos básicos que compõem a mesa do brasileiro.
O resultado foi publicado por meio do AbrasMercado, o indicador que mede a variação de preços nos supermercados. E registrou o segundo mês seguido de deflação, contrário a inflação, logo significa que os preços estão caindo e não aumentando. A baixa foi puxada principalmente por alimentos como leite, óleo de soja, feijão e açúcar.
No mês de agosto a diminuição foi de -2,61%, enquanto em setembro o registro foi de queda de -1,71%. Enquanto isso, o preço médio da cesta básica em nível nacional também diminuiu de um mês para o outro. Em agosto os produtos vistos como essenciais para a alimentação dos brasileiros somaram R$ 757,97, enquanto no mês de setembro era preciso pagar R$ 745,03 por eles.
Além dos alimentos, quando traz a média de preços da cesta básica a Abrasmercado considera outros itens essenciais também. Como aqueles usados para limpeza, e os itens de higiene e beleza.
Ao todo, são 35 produtos de largo consumo. Para alimentos são considerados os valores do: açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa sêmola de espaguete, óleo de soja e queijo muçarela.
Alimentos que estão diminuindo o preço
Para Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, o cenário econômico tem melhorado gradativamente. Isso, ao considerar o aumento das vagas de emprego, a liberação de benefícios como o Auxílio Brasil, e a queda no valor dos alimentos. Em conjunto, estes itens trazem bons resultados sobre o interesse de compra dos lares brasileiros.
A ABRAS mostrou que no ano houve aumento acumulado de 2,67% no Consumo nos Lares Brasileiros. Enquanto isso, a deflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos meses de julho a setembro foi de 1,32%, sendo a maior queda de preço para um período de três meses de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1980.
“A deflação já começa a ser percebida pelo consumidor nas gôndolas do supermercado, principalmente nos alimentos que foram fortemente impactados pelo conflito no leste europeu, como o óleo de soja e outros derivados das commodities agrícolas. Outros fatores, como o fim da entressafra na cadeia leiteira tendem pressionar menos o preço dos lácteos que tiveram alta expressiva nos últimos meses”, analisa Milan.
Os alimentos que estão com queda de preço registrada no mês de agosto foram:
- leite longa vida (-13,71%);
- óleo de soja (-6,27%);
- feijão (-4,78%);
- tomate (-3,82%);
- carne bovina – cortes de dianteiro (-1,17%);
- açúcar refinado (-1,07%).
Altas de preço:
- cebola (11,22%);
- farinha de mandioca (3,98%);
- batata (2,76%);
- sabão em pó (2,42%);
- sabonete (1,94%).