Cada vez mais, os aplicativos vêm sendo utilizado pelas famílias. De todo o orçamento dos casais, 12,6% são gastos com aplicativos de comida, transporte e streaming. O levantamento foi realizado pela fintech Noh, carteira de compartilhamento de despesas.
Os aplicativos de entrega de comida são os mais usados pelos casais, e representam 8,19% do orçamento compartilhado. O valor médio gasto por compra é de R$ 73. Entre os usuários da fintech, o aplicativo iFood engloba 74% das transações para essa finalidade.
Em seguida, aparecem os aplicativos de transportes. Essa opção equivale 3,65% dos gastos dos casais. O gasto médio chega a R$ 33. Entre os apps com esse propositivo, o mais utilizado é o Uber, com a representação de 59%.
No caso dos aplicativos de serviços de streaming, a despesa abrange 0,83% dos gastos coletivos. O desembolso médio é de R$ 29. Apesar disso, vale destacar que esses gastos tendem a ser recorrentes, com descontos mensais. Os apps mais utilizados pelos usuários são Netflix, HBOMax e Spotify.
Entre todos os gastos dentro da plataforma da fintech, 30% do orçamento são direcionados a despesas com moradia — como contas fixas, impostos, condomínio e aluguel.
O estudo levou em conta 16 mil transações feitas na base da plataforma da Noh, entre os meses de junho e agosto deste ano.
Compartilhamento de orçamento entre casais pode aliviar impactos da inflação
No entendimento da Noh, os números destacam a importância de compartilhar as despesas em um panorama de grande inflação.
Segundo a prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), os valores médios de corridas via transporte por aplicativo registram elevação de 45,5% acumulado em 12 meses até setembro.
De modo geral, a inflação registrada nos últimos meses chega a 7,96%. Apesar disso, o indicador vem registrando uma desaceleração. Nos 12 meses imediatamente anteriores, o aumento dos preços ao consumidor tinha sido de 9,60%.
O estudo reforça o cenário de divisão de gastos diários entre familiares. Apesar de existirem inovações atuais, como o sistema Pix, ainda há falta de alternativas para que a divisão dos gastos seja automatizada — de forma a oferecer mais controle e transparência do orçamento dos casais.