Tabu financeiro: Quem “deve” pagar a conta?!

Na terça-feira passada, 26, o ator Caio Castro expôs sua opinião sobre pagar a conta em encontros amorosos, indo contra a velha cultura, onde o homem tem como dever social pagar a conta em um encontro.

“Tem uma diferença entre pagar a conta e ter que pagar a conta” disse o ator, deixando claro que essa obrigatoriedade social o tira do sério.

Por vivermos em uma sociedade culturalmente e ainda majoritariamente patriarcal, onde o homem teria o papel de ser o provedor,  fica sempre aquela dúvida de quem deve pagar a conta, tanto para os homens, quanto para as mulheres.

O que fica esquecido nesse discurso é a empatia com a vida financeira do outro. 

É importante dizer que queremos uma sociedade igualitária para homens e mulheres, sendo assim é preciso ser justo com a condição financeira que cada um possui.

Visto a grande repercussão que o assunto trouxe, podemos identificar que as raízes do patriarcado ainda são fortes na nossa sociedade e falar sobre dinheiro é tabu para muitas pessoas.

Se você já deixou de convidar alguém para sair, com medo da outra pessoa não pagar a própria conta, ou se você já foi a um encontro mesmo sem dinheiro e se virou pra pagar, esse texto de hoje é para você.

Veja como administrar momentos como esse e evitar cair em roubadas.

Entenda seu momento financeiro – De olho no próprio bolso

Uma pessoa que possui uma vida financeira saudável, vive sempre um degrau abaixo, isso significa gastar menos do que ganha, possibilitando assim pagar as contas sempre em dia e se possível fazer pequenos investimentos.

Tendo isso como ponto de partida, os lugares e ambientes que você irá frequentar devem condizer com sua situação financeira.

Lembrando que é sempre possível se divertir gastando pouco, veja nesse link como você pode fazer isso.

Orçamento financeiro pessoal – Conheça os limites

Você já deve ter ouvido falar da necessidade do orçamento financeiro, ele serve para limitar seus gastos com coisas específicas: contas de casa, cursos, alimentação, investimentos e inclusive a diversão.

Saber o quanto de recursos você pode gastar por mês indo a restaurantes, festas, baladas, cinema e etc, irá te ajudar a entender qual padrão de vida você pode ter.

Fora que ter um orçamento, fará com que você tenha prioridades, afinal quem nunca gastou dinheiro com coisas supérfluas?

O orçamento financeiro alinhado com seus objetivos de vida farão com que você trilhe um caminho financeiro mais saudável.

Seja sincero e honesto – fale!

Falar sobre dinheiro com pessoas que a gente conhece é difícil, falar sobre isso com uma pessoa que você conheceu a pouco tempo, pode ser ainda mais, mas não deveria.

É preciso ser sincero consigo mesmo e saber que cada pessoa possui um padrão financeiro diferente, falar sobre o que é viável financeiramente para a família, amigos, colegas e casos amorosos pode te salvar de possíveis roubadas e do endividamento no cartão de crédito.

Por isso trazer essa sinceridade, falar sobre sua situação financeira, mesmo que de forma mínima, te fará entender também a situação financeira do outro.

Ainda na entrevista dada pelo ator Caio Castro no podcast ‘’Sua Brother” ele comenta sobre a importância de saber sobre a condição financeira do outro.

”Eu tenho ideia de possíveis diferenças – se vamos em um restaurante caro, e fui eu que quis ir, eu pago … as vezes você pode ter uma condição (financeira) melhor, ou vice versa”.

Sendo assim, é de suma importância entender a situação financeira do outro.

Mas e aí, quem deve pagar a conta?

É normal que em uma relação tenhamos duas pessoas que possuem vidas financeiras totalmente diferentes.

Ter empatia com a vida financeira do outro demonstra respeito e é o caminho mais justo a seguir quando desejamos ter uma relação duradoura.

Conhecer os seus limites e falar sobre eles, fará com que o outro se sinta confortável para colocar o tema na mesa.

O que mais vemos por aí são casais brigando por conta de dinheiro, até quando continuaremos nesse fluxo?

A questão é que não existe uma resposta certa, afinal isso é o resultado de conhecer a própria situação financeira e a do outro.

Toda configuração, desde que justa é aceitável – mas saiba que nem sempre dividir é o suficiente.

O ideal é respeitar o padrão financeiro do outro e se o seu for maior, se você ganha mais que o outro, tenha empatia, e se você não for pagar a conta, faça o convite para frequentar ambientes onde o outro possa pagar.

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Bruna Cordeiro
Bruna Cordeiro é Palestrante e Consultora de Finanças, possui a Certificação Profissional ANBIMA Série 20, destinada a distribuição de Investimentos, Produtos e Serviços Financeiros. Tem como propósito mudar a vida das pessoas através da Educação Financeira.