Consumidores de São Paulo estão pagando 16% a MAIS na cesta básica

Quem mora em São Paulo está pagando mais caro pela cesta básica. Entre agosto do ano passado e agosto deste ano, a cesta ficou 16,37% mais cara, de acordo com o Procon-SP. Este aumento ficou acima do IPCA, a inflação oficial do país do período, de pouco menos de 5%, oriundos do corte temporário dos impostos estaduais nos combustíveis e energia. 

Diante do grande aumento no preço dos alimentos, o valor do Auxílio Brasil, do governo federal, não está sendo o bastante para pagar os produtos que integram a cesta básica em São Paulo.  

Em agosto do ano passado, a cesta básica custava R$1.088. Já no mesmo mês deste ano, a cesta subiu para R$1.253,29. Para conseguir comprar todos os produtos que a compõem, o valor do Auxílio Brasil deveria ser de no mínimo o dobro dos atuais R$600.

Comparando com o mês anterior, julho, o valor da cesta básica passou por uma ligeira queda de 1,08%, passando de R$ R$ 1.266,92 no dia 29 de julho para R$ 1.253,29 em 31 de agosto. Segundo o levantamento realizado mensalmente pelo Procon, a queda no preço dos alimentos foi de 1,60%, mas foi registrada alta respectiva de 3,41% e 1,87% nos grupos de Limpeza e Higiene Pessoal.

Também está pesando na renda das famílias a compra do leite, que ficou 60% mais caro nos últimos 12 meses. Outro queridinho dos brasileiros, o café ficou 64% mais caro, ante o período entre agosto do ano passado e este. A cesta básica, somente este ano, ficou 15,19% mais cara. Dos 39 produtos consultados, na variação mensal, 21 tiveram alta e 18 caíram de preço.

Produtos da cesta que mais encareceram em agosto:

  • Sabão em Pó (kg) 7,34%
  • Margarina (200g) 6,58%
  • Cebola (kg) 6,45%
  • Leite em Pó Integral (400g) 4,73%
  • Creme dental (tubo 90g) 4,55%

Produtos que ficaram mais baratos em agosto 

  • Batata (kg) -12,48%
  • Linguiça fresca (kg) -7,37%
  • Óleo de Soja (900 ml) -7,20%
  • Feijão carioquinha (kg) -6,68%
  • Extrato de tomate (340/350g) -4,45%

De acordo com o economista, analista CNPI e CEO da escola Eu Me Banco, Fábio Louzada, o brasileiro está sentindo a inflação de maneira mais presente pois o Brasil está atravessando o pior cenário em termos de inflação X salários.

“O brasileiro sente mais a inflação porque está nos produtos e serviços que a população mais consome no dia a dia: gasolina, gás de cozinha, alimentos, energia elétrica e aluguel. Complementando, vem o salário do consumidor que teve poucos reajustes nesse período, principalmente por conta da pandemia”, disse Louzada ao portal g1.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.