Os brasileiros poderão pagar uma conta de luz mais cara em breve. A possibilidade está agregada a uma Medida Provisória (MP) aprovada na Câmara dos Deputados no mesmo passado, prorrogando o subsídio às fontes incentivadas.
Essas fontes incentivadas seriam a energia eólica e solar, capazes de gerar um custo extra anual de R$ 4,5 bilhões no decorrer de três décadas. O montante impactaria diretamente os brasileiros através da cobrança na conta de luz, sobretudo, dos consumidores nordestinos e nortistas.
Os subsídios foram elaborados visando incentivar a expansão da matriz energética renovável do Brasil. Na época de criação, os equipamentos eram extremamente caros e, por ser uma tecnologia nova, o investimento no setor era escasso.
No entanto, este cenário mudou com o passar dos anos. Hoje, a energia eólica equivale a 12,3% da capacidade de geração instalada no país, enquanto a solar representa 3%.
Apesar da aprovação na Câmara dos Deputados, o texto ainda precisa ser apreciado e votado pelo Senado Federal até o final do mês de setembro para começar a vigorar, e somente então, alterar a cobrança na conta de luz.
Conta de luz em setembro
No final do mês de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), havia anunciado o barateamento da conta de luz devido à incidência da bandeira verde. Conforme noticiado pela agência reguladora, a medida reflete “as boas condições de geração de energia elétrica”. Por isso, a Aneel informou que a decisão seria mantida mesmo diante da previsão de aumento no consumo de energia elétrica no país.
Entretanto, esta não é uma iniciativa unânime, tendo em vista que em algumas localidades a conta de luz ficará mais cara em breve. Serão atingidos os consumidores que residem em municípios atendidos pela distribuidora de energia, Elektro.
A Aneel aprovou um aumento médio de 15,77% na conta de luz de 2,8 milhões de unidades consumidoras desta distribuidora. No entanto, é importante se atentar, pois o plano distingue os clientes em dois grupos. São eles:
- Alta tensão: indústrias com um impacto médio de 23,72%;
- Baixa tensão: residências com um impacto médio de 11,61%.
O ajuste está em vigor desde o dia 27 de agosto, chegando a 228 cidades, das quais, 223 se encontram no Estado de São Paulo (SP) e, cinco no Mato Grosso do Sul (MS).