Os economistas seguem com melhores perspectivas para o país neste ano. Os agentes do mercado financeiro reduziram a previsão de inflação e melhoraram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). As perspectivas integram o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (5).
Pela décima semana consecutiva, os economistas melhoraram a previsão para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e também para o PIB neste ano.
Previsão dos economistas para a inflação
Para este ano, os agentes financeiros reduziram a perspectiva de inflação de 6,70% para 6,61%. Quatro semanas atrás, os economistas estimavam que o aumento dos preços ao consumidor chegasse a 7,11% no fim de 2022.
A melhora de perspectiva acompanha a sanção do projeto de lei que define um teto para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens como gasolina, transporte coletivo, comunicações e energia elétrica. Estes produtos causam impacto direto na inflação brasileira.
Por conta dessa medida, os estados não podem cobrar uma taxa acima da alíquota geral, que varia entre 17% e 18%.
No entanto, a estimativa mais recente ainda continua acima da meta de inflação, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta é de 3,5% — com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o indicador pode variar entre 2% e 5%.
Previsão dos economistas para o PIB
Para 2022, a previsão para o crescimento do PIB aumentou de 2,10% para 2,26%. O PIB representa a soma dos bens e serviços finais produzidos no país. O indicador tem a função de avaliar o desenvolvimento da economia brasileira.
A melhora na estimativa econômica acontece após a divulgação do PIB no segundo trimestre. Entre abril e junho, a economia cresceu 1,2% em relação aos três meses imediatamente anteriores.
Pela quarta vez seguida, o indicador registrou alta trimestral. O último recuo havia acontecido no segundo trimestre do ano passado. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,404 trilhões entre abril e junho de 2022.
No acumulado do primeiro semestre, a economia cresceu 2,5%. Dessa forma, a atividade econômica brasileira está 3,0% melhor do que o patamar pré-pandemia — registrado no quarto trimestre de 2019.