Expansão do coronavírus segue ocasionando variações na economia. Nessa segunda-feira (23), o dólar sofreu mais uma alta. Mediante a rejeição de acordos políticos que têm como finalidade conter o atual cenário, a moeda americana elevou em cerca de 1,7% sendo comercializada por R$ 5,11 em sua versão comercial e R$ 5,40 para turismo. Segundo especialistas, as previsões seguirão instáveis pelas semanas seguintes.
Eles alegam que o motivo do novo reajuste deve ser relacionado a negação do Senado americano ao receber um pacote de cerca de R$ 2 trilhões para minimizar os impactos do coronavírus. Mediante a escolha, a valorização da moeda ficou ainda mais elevada, tornando-a mais cara.
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No mercado exterior, o dólar segue em alta comparada às demais moedas. Jason Vieira, economista chefe da Infinity Asset, explica que as divisas emergentes, como o peso mexicano e a rúpia indicana intensificam ainda mais esse encarecimento.
“O dólar está batendo frente aos emergentes e o Brasil está bem no meio desse movimento, com os efeitos locais relativamente diluídos”, afirmou, relembrando que há também uma queda de 0,9% no índice Dxy, estatística que mede o desempenho da moeda com os demais países desenvolvidos.
Último balanço do dólar
Ainda no começo da manhã, assim que foram abertas as negociações, o dólar apresentou uma queda mínima, logo após o anuncio do governo federal sobre as medidas de contenção da crise.
Com a liberação de verbas, aceitação e facilitação de empréstimos para pequenas e grandes empresas e a recompra de títulos, a moeda foi tendo seu valor reajustado.
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No entanto, a situação logo foi alterada levando em consideração o posicionamento do governo americano e as variações da taxa Selic que estava em 0,5 ponto e foi alterada para 3,75% ao ano.
Mediante a esse cenário, os investidores precisam se manter atentos pois há uma possibilidade de empréstimo, financiado pelo poder público, de até 450 bilhões de dólares para nove países, incluindo o Brasil.
“Isso vai dar uma entrada de dólares a mais. Tudo isso ajuda a refrescar o câmbio”, afirmou Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos, reforçando que é preciso esperar os desdobramentos parlamentares para as próximas previsões.