Coronavírus: mais de 46,8 milhões de trabalhadores terão ganhos afetados

Em meio as consequências financeiros do novo coronavírus em todo o país, diversas empresas estão fechando as portas e outros profissionais também são impactados. Os trabalhadores informais, quer dizer, aqueles que não têm vínculo registrado com nenhuma instituição, são também afetados.

Coronavírus deve balançar o ganho de 46,8 milhões de trabalhadores (Reprodução/Internet)
Coronavírus deve balançar o ganho de 46,8 milhões de trabalhadores (Imagem: Reprodução/Internet)

Entre eles, são incluídos os motoristas de aplicativos, manicures, ambulantes, e todos os serviços que precisam de demanda, ou seja, aqueles que só ganham quando vendem os seus produtos. Para se ter uma ideia, são cerca de 2 milhões de pessoas que ganham seu sustento com o carro, trabalhando por conta própria.

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O desafio atual mediante a situação do país, onde tudo está parado e o trabalho destes profissionais é inteiramente impactado, é de garantir o acesso à renda para que esses profissionais consigam cumprir com as obrigações familiares mensais.

Para tentar auxiliar, o governo federal criou medida que visa beneficiar trabalhadores informais durante três meses com uma renda de R$ 200 reais. Com isto, investimento será de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.

Mas, o valor não será repassado a todos os brasileiros. Isto porque somando empregados sem carteira, trabalhadores domésticos, por conta própria e os que auxiliam na família, são 46,8 milhões de pessoas.

Deste número, apenas 8,3 milhões recebem Bolsa Família, um dos programas do governo federal que auxilia com renda mensal. Vale destacar que os trabalhadores informais representam hoje 75% dos profissionais que estão na metade mais pobre do país.

Especialistas defendem outras alternativas para tentar auxiliar este público, entre elas uma pensão para todos os maiores de 18 anos que não têm emprego formal, que não recebem aposentadoria, pensão ou Bolsa Família. Neste universo, seria um total de 55 milhões de pessoas.

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Com este repasse, o valor custaria aos cofres públicos R$ 30 bilhões, o valor anual do Bolsa Família. Para o procedimento é destacado que o recebimento do valor deve ser facilitado, sem a necessidade de cadastro, apresentando apenas identidade e CPF em lotéricas e agências Caixa/Banco do Brasil para o saque.

Outro meio sugerido por economistas pode ser o uso do Cadastro Único, plataforma atual para a identificação de brasileiros que recebem por programas sociais, e que aceita apenas a inclusão de quem ganha até meio salário mínimo.

Sendo assim, são observadas 76,5 milhões de pessoas, o que corresponde a 28,5 milhões de famílias. E será possível distinguir quem já recebe benefícios, como, por exemplo, o Bolsa Família que soma 13 milhões.