O PT conseguiu manter os resultados da vitória em primeiro turno do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas pesquisas, e também comemorou a notícia que os impactos do Auxílio Brasil não foram tão fortes quanto a equipe do Presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) esperava.
Por outro lado, alem do auxílio Brasil as pesquisas acenderam a luz de um outro alerta: O antipetismo. Embora a liderança de Lula continue em vantagem de cerca de dez pontos percentuais a mais que Bolsonaro, a rejeição do atual presidente tem diminuído à medida que o “Medo do retorno do PT” começa a crescer.
Pacote não impactou eleição
Dados da pesquisa Ipec (ex-Ibope), divulgada na segunda-feira (15), e da QUAEST Consultoria, publicada na terça (16), mostram que eleitores que receberam os benefícios do governo —pagos na primeira semana de agosto— não se voltaram a Bolsonaro.
De acordo com a pesquisa da Quaest, as intenções de voto em Lula entre quem recebe o auxílio emergencial cresceram para 57% —aumento de cinco pontos percentuais em relação à última pesquisa realizada, de 3 de agosto, pré-pagamento do auxílio. Nesse período, Bolsonaro caiu dois pontos, para 27%.
O petista também cresceu três pontos entre quem ganha até dois salários mínimos, para 55%, enquanto o presidente tem 27%.O Ipec trouxe dados parecidos. Segundo a pesquisa, 40% dos eleitores que recebem benefícios do governo, como Auxílio Brasil, BPC (Benefício de Prestação Continuada), ProUni, Fies, Tarifa Social e/ou Vale gás, entre outros, dizem ter preferência partidária pelo PT.
“O Auxílio Eleitoral”
O ex-presidente e seus apoiadores, incluindo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, têm repetido insistentemente que, como a proposta do governo só vai até dezembro, fim do primeiro mandato bolsonarista, a medida seria muito mais eleitoreira do que de fato social.
A Quaest perguntou o que os entrevistados entendem como objetivo das medidas econômicas lançadas pelo governo: 62% disseram que tinham como fim “ajudar a eleição de Bolsonaro”, Contra 33% disseram acreditar que foram criadas para “ajudar as pessoas”.
Apesar de ainda ser cedo (menos de uma semana entre o início dos pagamentos e a realização da pesquisa), o grupo petista avalia que a estratégia de chamar o auxílio de “eleitoreiro”,como Lula tem feito em quase todos os discursos e de seguir ligando o benefício ao Bolsa Família, rapidamente identificado como programa do petista.