À vista ou parcelado? O número de empresas que oferecem cartões de crédito sem cobrar anuidade é cada vez maior, assim como o número de benefícios. Confira a seguir quando parcelar suas compras no cartão é um bom negócio.
Quem parcela tem mais risco de ficar inadimplente?
O cartão de crédito ainda é visto como um grande inimigo do planejamento financeiro. Segundo pesquisas do SPC, ele é o segundo compromisso financeiro que mais levou os brasileiros à negativação.
A verdade é que o maior problema é a falta de educação financeira, e não o produto em si. Pela grande facilidade que possui, o cartão de crédito pode levar à falta de controle e gastos desnecessários.
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O uso do cartão para despesas e gastos recorrentes, como alimentação, combustível e contas de consumo, também não é indicado, pois ao fazer isso, o titular já começa o mês com o próximo salário comprometido.
Também é importante lembrar que mesmo em queda, o juros cobrado para quem entra no rotativo (quando o titular não paga o valor total da fatura) a ainda está entre as maiores taxas para pessoas físicas.
Usar o cartão para acumular milhas e cashback
Há alguns anos, quando a fatura chegava apenas por correio, era comum se assustar ao abrir a correspondência. Com a chegada dos Bancos Digitais e Fintechs, está cada vez mais fácil acompanhar seus gastos e controlar a fatura do cartão de crédito.
Hoje é possível consultar o total de gastos no próprio celular e fica mais fácil se programar para compras maiores e recorrentes.
Outra tendência são os benefícios para quem usa o cartão de crédito, além dos tradicionais programas de pontos e milhas. Também existem novos sistemas de cashback, quando a instituição devolve parte do valor gasto no cartão em dinheiro, seja para novas compras ou até te ajudar na próxima fatura.
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Os novos benefícios têm incentivado muitas pessoas a colocarem a maior parte dos seus gastos no cartão, acumulando milhas para próxima viagem ou aumentando o saldo de cashback no fim do mês.
Nesses casos o ideal é pagar todas as contas no crédito à vista, sem acumular parcelas e pagando o total da fatura todos os meses. Para que essa estratégia possa valer a pena, é necessário acompanhar de perto o total da fatura para não trocar os benefícios por juros mais altos.
Parcelamento sem juros
Para quem planeja fazer compras que excedam o orçamento mensal, eletrodomésticos, móveis ou uma reforma, a única opção é parcelar. Neste caso o mais indicado é pesquisar bastante antes da compra.
Muitas lojas dão a opção do parcelamento sem juros para o consumidor, geralmente com um número mais reduzidos de parcelas, mas ainda muito vantajoso. Vale a dica de comparar o valor parcelado com o desconto à vista, para calcular os juros embutidos.
Funciona assim, se uma loja anuncia um produto de R$ 100,00 sem juros no cartão de crédito, mas dá um desconto para quem compra à vista, existe um juros embutido no parcelamento.
Se nesse exemplo o desconto fosse de 5% e o parcelamento em 10 vezes :
Valor à vista | Valor Parcelado |
1 x R$ 95,00 | 10 x R$ 10,00 |
R$ 95,00 | R$ 100,00 |
Nesse exemplo, mesmo parcelando “sem juros” no cartão, você pagaria R$ 5,00 de juros embutido ou 5,26% em 10 meses.
No final das contas, o parcelamento pode sim valer a pena, quando é sem juros e os juros embutidos são pequenos, mesmo assim é necessário cuidado para não acumular parcelas nem comprometer seu planejamento.
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Para quem deseja acumular pontos em programas de benefícios e cashbacks, o ideal é fazer todas as compras recorrentes à vista e sempre procurar pagar o total da fatura para fugir do rotativo.