Com a inflação em alta, a população substitui o leite por um soro saborizado com o valor de R$ 4,49. A situação revela a oferta de subprodutos, cada vez mais fáceis de serem encontrados nas prateleiras dos supermercados, na tentativa de oferecer preços possíveis para o consumidor.
O soro saborizado vem despertando o interesse dos consumidores devido ao aumento do preço do leite diante da inflação que alcança a marca de 12% ao ano. Com o atual cenário, as marcas têm investido na produção de produtos alternativos que, por serem mais baratos, são escolhidos pela população na hora da compra.
Versões mais baratas dos alimentos tomam conta das prateleiras dos mercados
Com o preço do leite se aproximando dos R$ 10 em algumas localidades do país, a venda do soro de leite tem crescido como uma opção para substituta. Com embalagens semelhantes, os subprodutos chamam a atenção pelos preços mais acessíveis.
Durante a semana, um post viralizou no Twitter, quando um internauta afirmou que por conta da alta do preço do leite, teria que optar pelo soro de leite.
Com o litro do leite batendo 10 reais sobrou o soro de leite para alimentar nossas crianças. pic.twitter.com/wZg7gYyqIU
— Ricardo Pereira (@ricardope) July 5, 2022
A publicação rendeu debates quanto aos novos produtos, seus preços e qualidade. O soro de leite é um produto lácteo líquido retirado da coagulação do leite, geralmente o soro é utilizado para a fábricação de queijos, mas hoje substitui o leite na mesa do brasileiro.
Outro exemplo comumente visto pelos consumidores, foi a troca composição do que agora é a mistura láctea condensada, que toma o lugar do leite condensado, que além de um maior custo para ser produzido, estava chegando cada vez mais caro ao mercado.
Alta da inflação durante ano eleitoral
Com a alta da inflação que eleva o preço de produtos e resulta na diminuição do poder de compra do brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta reverter o impacto negativo que cai sobre seu governo em ano eleitoral.
Em busca de uma reeleição, Bolsonaro dribla a Lei Eleitoral, que impede que medidas sejam criadas do zero em ano de eleições, para tentar reverter os resultados de pesquisas que colocam o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, como próximo presidente do país.
As medidas do governo federal adicionadas a PEC, como aumento do Auxílio Brasil, do Vale Gás e a criação do voucher caminhoneiro, além do teto da alíquota do ICMS sobre o preço dos combustíveis, possui aceitação entre aliados e oposição diante da necessidade de aliviar o bolso do consumidor brasileiro.