Cesta básica teve alta de 67% nos últimos 12 meses; veja os estados mais afetados

Com a divulgação da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimento, observou-se a alta de 67% na cesta básica nos últimos 12 meses. O percentual é influenciado pela taxa inflacionária que, apesar da desaceleração, acumula uma alta de 11,73% no mesmo período. 

Cesta básica teve alta de 67% nos últimos 12 meses; veja os estados mais afetados
Cesta básica teve alta de 67% nos últimos 12 meses; veja os estados mais afetados. (Imagem: Montagem/FDR)

A maior alta identificada dentre os itens da cesta básica, os alimentos e bebidas apresentaram um aumento de 13,51% desde o mês de maio de 2021. Somente um item essencial teve queda no mesmo período, o arroz em -10,27%. Em contrapartida, o item mais caro da cesta de mantimentos é o café moído, que teve um salto de 67,01% em 12 meses. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o tomate também sofreu oscilações, chegando a bater o índice expressivo de 55,62%. Veja as principais variações de preços nos produtos da cesta básica conforme apurado pelo IBGE:

  • Café moído: 67,01%;
  • Tomate: 55,62%;
  • Batata-inglesa: 54,3%;
  • Açúcar refinado: 35,74%;
  • Óleo de soja: 31,25%;
  • Leite longa vida: 29,28%;
  • Farinha de trigo: 27,8%;
  • Feijão carioca: 19,03%;
  • Pão francês: 15,59%;
  • Manteiga: 12,34%;
  • Carnes: 5,95% – destaque para contrafilé (13,18%), fígado (13,09%) e alcatra (11,95%);
  • Banana: de 5,02% (banana-maçã) a 27,22% (banana-da-terra);
  • Arroz: -10,27%;

Ao considerar somente os dados referentes a 2022, nota-se que a batata inglesa foi o item que compõe a cesta básica que mais encareceu diante da alta de 61,38% de janeiro até então. Logo em seguida, vem o feijão carioca e o leite longa vida, que ficararm 28,46% e 28,03% mais caros, respectivamente. 

Somente a banana-maçã teve queda no preço em 21,99%. Em contrapartida, a banana-prata, d’água e da terra registraram aumentos de 1,28%, 1,66% e 12,9%, respectivamente. Observe as variações acumuladas exclusivamente de 2022:

  • Batata-inglesa: 61,38%;
  • Feijão carioca: 28,46%;
  • Leite longa vida: 28,03%;
  • Óleo de soja: 22,54%;
  • Farinha de trigo: 20,98%;
  • Café moído: 14,63%;
  • Tomate: 13,56%;
  • Pão francês: 11,71%;
  • Manteiga: 9,21%;
  • Carnes: 3,41% – destaque para alcatra (6,76%), patinho (6,69%) e contrafilé (5,75%);
  • Arroz: 2,59%;
  • Açúcar refinado: 0,61%;
  • Banana: de -21,99% (banana-maçã) a 12,9% (banana-da-terra).

É importante mencionar que as quedas nos preços de itens da cesta básica também foram notadas, como no tomate, três tipos de banana, batata-inglesa e açúcar refinado.

Enquanto isso, outros itens como carnes e feijão carioca tiveram altas variadas em comparação ao mês de abril na margem de 0,24% a 7,31%, respectivamente. Produtos como o leite longa vida e a farinha de trigo tiveram altas que ultrapassam a margem de 4%.

Confira todas as variações mensais dos itens da cesta básica, segundo o IBGE: 

  • Feijão carioca: 7,31%;
  • Farinha de trigo: 4,79%;
  • Leite longa vida: 4,65%;
  • Manteiga: 2,43%;
  • Óleo de soja: 1,81%;
  • Pão francês: 1,81%;
  • Café moído: 1,25%;
  • Arroz: 0,27%;
  • Carnes: 0,24% – destaque para filé-mignon (3,83%), alcatra (1,42%) e fígado (1,28%);
  • Açúcar refinado: -0,77%;
  • Batata-inglesa: -3,94%;
  • Banana: de -4,24% (banana-prata) a 14,27% (banana-da-terra);
  • Tomate: -23,72%.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.