MOGI DAS CRUZES, SP — Nos Estados Unidos, advogados de cerca de 90 mulheres e meninas que foram abusadas sexualmente por Larry Nassar, o ex-médico da equipe de ginástica dos EUA, pediram mais de US$1 bilhão ao FBI de indenização ao alegarem que os investigadores poderiam ter encerrado os crimes do médico e protegido outras vítimas caso tivessem manipulado bem o caso.
Estão entre as vítimas as ginastas olímpicas Simone Biles, Aly Raisman e McKayla Maroney e a medalhista do campeonato mundial Maggie Nichols. Cada uma delas pediu US$ 50 milhões, segundo o escritório de advocacia que representa as ginastas.
Segundo os advogados, as ginastas Kaylee Lorincz e Hannah Morrow estão solicitando US$ 42,5 milhões cada uma. Segundo os representantes, grande parte das vítimas está pedindo US$10 milhões cada, o que no total, ficaria na casa de US$ 1 bilhão a US$ 1,2 bilhão.
Conforme o Federal Tort Claims Act, os pretendentes precisam obrigatoriamente notificar a agência federal antes de ajuizar uma ação no tribunal federal. A partir da notificação, agência temem prazo de seis meses para conseguir um acordo ou negar a reivindicação antes que a ação possa ser movida.
Os advogados afirmaram na notificação do Federal Tort Act, que o FBI possuía queixas críveis de diversas vítimas até julho de 2015, mas não investigou de forma adequada o crime.
As alegações afirma em parte que “o Departamento Federal de Investigação (FBI) possuía queixas credíveis de várias fontes e evidências corroborantes das agressões sexuais do médico.”
“Oficiais do FBI, que possuíam esse conhecimento e estavam em posição de acabar com a predação de Nassar, ignoraram seus deveres, resultando em Nassar agredindo sexualmente aproximadamente 100 mulheres e crianças entre 28 de julho de 2015 e 12 de setembro de 2016, e conspiraram com o funcionários do mais alto escalão do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos e da USA Gymnastics para ocultar esse abuso sexual conhecido de vítimas”, disseram as reivindicações.
“Como resultado, Nassar continuou seu comportamento predatório, agredindo sexualmente aproximadamente 90 mulheres e crianças entre 28 de julho de 2015 e 12 de setembro de 2016”.
Larry Nassar também foi condenado a uma sentença de prisão estadual de 40 a 175 anos em Michigan após se declarar culpado de sete acusações de conduta sexual criminosa.