Entre janeiro de 2021 e março deste ano, os consumidores informaram que perderam mais de US$ 1 bilhão em fraudes relacionadas a criptomoedas. Os números foram divulgados pela Federal Trade Commission (FTC, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos) na última quinta-feira (3).
Segundo relatório, 46 mil pessoas relataram que sofreram fraudes vinculadas a moedas digitais. A quantia média perdida foi de US$ 2,6 mil. As principais criptomoedas que os investidores usaram em transações fraudulentas foram bitcoin, tether e ethereum.
De acordo com o FTC, as moedas digitais vêm se tornando, rapidamente, o pagamento favorito de diversos golpistas. Também foi observado que aproximadamente um em cada quatro dólares perdidos por golpe envolve criptoativos.
A agência revela que cidadãos na faixa etária de 20 a 49 anos foram três vezes mais propensas a perder dinheiro em alguma fraude com criptos do que pertencentes a grupos etários mais velhos.
Principais métodos usados para aplicar fraudes envolvendo criptomoedas
Conforme o FTC, grande parte das fraudes envolvem esquemas de falsos investimentos, golpes românticos e fraudes de representação de negócios/governo.
Passaram a se tornar comuns golpes em aplicativo de namoro, como o Tinder, relacionadas às moedas digitais.
Por meio de manipulação emocional, o criminoso busca convencer a vítima — que está conversando — a fazer o download de um aplicativo ou clicar em algum link falso, que rouba dados pessoais.
Entre essas informações, estão chaves privadas e frase semente, com a função de senha para carteiras digitais que contém moedas digitais.
Diversas fraudes com criptomoedas acontecem em redes sociais
Das vítimas, quase metade alegaram que as fraudes se iniciaram por meio de anúncios, mensagens ou publicações em redes sociais. Segundo informado pela FTC, relatórios vêm apontando que o vínculo entre as moedas digitais e mídias sociais vem impulsionando os golpes.
A agência revela que aproximadamente US$ 575 milhões de perdas relativas a fraudes com criptos envolveram falsas oportunidades de investimento.
Em cada dez dólares perdidos em redes sociais, quatro envolvem criptomoedas. O nível está bastante acima de outros métodos de pagamentos. O Facebook, Instagram, WhatsApp e Telegram são as grandes plataformas usadas para a aplicação de fraudes.