Nesta quinta, 26, o ministro da Economia Paulo Guedes, disse que, se o presidente Jair Bolsonaro for reeleito, ele deve ampliar a agenda de reformas e até privatizar a Petrobras. No entanto, caso Lula seja eleito nas eleições, em sua visão acontecerá uma “estagnação econômica e aumento de impostos”.
Guedes deu essa declaração em uma entrevista coletiva que aconteceu após sua participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
“Com esse Congresso mais de centro-direita, vamos ampliar as reformas. Vamos privatizar a Petrobras, vamos fazer mais acordos comerciais, como com a Ásia. Vamos fazer bem mais do que nós temos feito até agora”, afirmou o ministro.
O ministro alegou que a pandemia do coronavírus acabou atrapalhando o andamento das reformas. Ele voltou a falar que o país está “saindo do inferno da inflação”, ao passo que outros países, especialmente os do Ocidente, estariam entrando.
Paulo Guedes ainda falou sobre a possibilidade de Lula vencer as próximas eleições. Sem falar nomes, ele se referiu a governos anteriores como “sociais-democratas” e falou que é possível antever o que pode acontecer ao lembrar de tudo que aconteceu nos últimos anos.
“Temos o ‘track record’ deles de 30 anos. É estagnação econômica, aumento de impostos, endividamento”, disse ele. Dentro do mercado financeiro, o termo ‘track record’ é utilizado para avaliar o passado como indicador de um possível comportamento que virá no futuro.
Apesar das críticas, Guedes reconheceu um ponto positivo nos governos passados, as políticas direcionadas a população mais carente. “”Eles têm um mérito: a inclusão dos mais frágeis no Orçamento público. É o coração macio, mas cabeça dura”.
No encerramento da entrevista, o ministro foi perguntado sobre a chance de retornar como ministro da Economia na edição do Fórum Econômico Mundial, no próximo ano e fez uma piada: “A pizza já está combinada. Se eu voltar, vocês pagam. Se eu não voltar, vocês comerão a pizza por minha conta. Mesmo sem estar aqui”, disse.