Reunião sobre tabela de frete recebe mais uma data para negociação

Depois de três horas de reunião com os caminhoneiros e representantes do setor produtivo de transportadoras, e da Advocacia-Geral da União (AGU) com portas fechadas, na última terça-feira (10). O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) teve de definir outra data para a negociação da tabela de frete. 

Reunião sobre tabela de frete recebe mais uma data para negociação
Reunião sobre tabela de frete recebe mais uma data para negociação (Imagem:Reprodução/Google)

O ministro afirmou que “por muito pouco” não chegaram a um acordo e isso fez com que ele decidisse marcar uma quarta rodada para a conciliação. A próxima reunião sobre o assunto foi agendada para o dia 27 de abril, mais de um mês do último encontro.

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Em entrevista à Agência Brasil, Fux disse que “Hoje surgiram novas propostas e por muito pouco não se chegou a uma negociação. Só que essa proposta era tão nova que eles pediram uma nova rodada de negociação para amadurecer esses novos números que surgiram”, disse após a reunião desta terça-feira.

De acordo com o ministro, a proposta envolve o cálculo de um preço médio que vigoraria como piso para a realização de transporte de cargas por um determinado período de tempo, no qual o mercado passaria a se regular por conta própria. Porém, não forneceu mais detalhes. 

O ministro contou ter questionado às partes sobre o tema ser julgado no plenário do Supremo ou se seria realizada uma nova rodada de negociação, tendo sido escolhida a segunda opção. 

Mesmo que haja um impasse em torno da obrigatoriedade ou não da tabela de frete, os representantes tanto dos caminhoneiros como do setor produtivo se mostraram otimistas com um acordo.

“Foi bem produtiva [a reunião], teve um avanço sim. Teve alguns pontos que a gente não concorda, como tornar o piso mínimo de frete referencial”, disse após a reunião o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão.

“Nós precisamos da dignidade, nós lutamos hoje para proteger a categoria, precisamos do custo mínimo operacional” finalizou.

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Já o superintendente jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Cássio Borges, disse que a entidade entende que há uma intervenção descabida do estado no momento em que se estabelece um preço mínimo obrigatório.

“Uma tabela referencial se tornaria mais adequada à situação presente”, disse. “Há a possibilidade de se trazer outros elementos e de se buscar uma solução”.