Segundo informações da Previdência Social, a fila do INSS já ultrapassa a marca de dois bilhões de pessoas. Tratam-se de segurados na espera por um atendimento, análise do pedido de benefício ou perícia médica. O acúmulo se agravou em virtude da greve iniciada pelos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social.
Vale lembrar que, em abril, o Governo Federal editou uma Medida Provisória (MP) no intuito de facilitar o processo e agilizar a fila do INSS. Porém, ainda não foi possível obter êxito através do resultado esperado, tendo em vista que a situação se agrava continuamente.
Para reduzir a fila do INSS, tentou-se implementar um novo sistema de trabalho visando a otimização e agilidade na análise dos benefícios. Trata-se de um sistema de metas no qual os servidores da Previdência Social são estimulados através de pontos adquiridos mediante a realização de atendimentos presenciais.
Na prática, os servidores da autarquia devem cumprir metas e reunir uma pontuação que visa estimular a agilidade e atenção nos atendimentos presenciais. Essas metas sugerem que os servidores do INSS reúnam 4,27 se tratando de uma jornada semanal de 40 horas e de 3,20 pontos quando a jornada for de 30 horas no decorrer da semana.
Para cumprir a meta de redução da fila do INSS, a prioridade nestes atendimentos presenciais deve ser dada aos segurados que fizeram o agendamento pelos canais remotos (Meu INSS e Central 135).
A implementação desta medida foi necessária em virtude da dificuldade que os servidores do INSS vêm enfrentando para colocar toda a demanda em dia após as agências da autarquia ficarem de portas fechadas por meses em virtude da pandemia da Covid-19.
De toda forma, ainda não há previsão de retorno do atendimento da autarquia. A instrução é para que os segurados que tinham atendimentos marcados se mantenham atentos para que um reagendamento seja feita logo que a greve acabar e a situação for rergularizada.
Ex-presidente diz que fila do INSS pode ser reduzida em poucos meses
O ex-presidente do INSS e ex-secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, atual consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados, propôs algumas soluções para que a fila do INSS finalmente seja reduzida.
Uma das alternativas propostas consistem em ações no Legislativo federal capazes de alterar a rotina de trabalho dos médicos peritos, acelerando o processo de concessão dos benefícios.
Rolim também defende a implementação de sistemas previdenciários próprios visando manter o rendimento dos recursos dos trabalhadores enquanto eles continuam contribuindo regularmente com a Previdência Social.
Assim, haveria a garantia de que um montante significativo gere recursos para os estados e municípios. Além da criação de fundos de participação que fomentem a previdência privada.