Ladrões estão cada vez mais de olho em celulares para acessar apps de bancos; saiba como conseguem

Nos últimos dias, chamou a atenção na internet o relato de uma pessoa sobre um prejuízo financeiro enorme sofrido após seu celular ser roubado. Os criminosos conseguiram movimentar cerca de R$143 mil da conta da vítima, entre transferências via PIX, empréstimos e pagamentos de boleto. 

Todos os valores serão devolvidos pelos bancos envolvidos no problema, porém, o acontecimento trouxe ao foco novamente as dúvidas sobre a segurança destes aplicativos bancários. 

Saiba como os criminosos geralmente agem para conseguir acessar os dados bancários das vítimas. 

Nem sempre o telefone é hackeado 

Segundo especialistas da área de segurança digital, é mais provável que os bandidos se aproveitem de descuidos de certas vítimas do que de fato usem ferramentas avançadas para hacker o dispositivo.

Mesmo que existam ferramentas que permitem forçar o desbloqueio de um aparelho, como os rootkits utilizados por peritos para investigar telefones, por exemplo, esse procedimento é mais demorado, custoso e complexo.

Por conta disso, diversos criminosos dão preferência para celulares que já estejam desbloqueados, como é o caso da vítima citada acima. Geralmente, após o roubo, o criminoso altera a senha de acesso ou configura para que ela não seja mais pedida.

Acesso a aplicativos e dados 

Os principais motivos que fazem com que os bandidos tenham acesso aos seus apps e dados são senhas fáceis como data de aniversário. O ladrão pode procurar dados como este no próprio celular da vítima.

Combinações fáceis também são muitos usadas. Segundo um levantamento feito pela empresa de segurança Nordpass mostrou que a senha “123456” é a mais comum usada do mundo todo.

Um outro erro é usar a mesma senha para vários serviços online, já que após descobrir uma senha da vítima, o criminoso tentará usar a mesma combinação em outros aplicativos.

Por fim, outro erro é deixar a senha do banco anotada no celular. Ao fazer isso, o bandido pode facilmente descobrir a senha de sua conta e com isso, fazer transações, empréstimos, entre outras coisas.

Fiz tudo certo e meu celular foi invadido 

Sempre lembramos que tecnologias não são perfeitas. Os especialistas dizem que embora seja difícil, não é impossível que os criminosos consigam maneiras de invadir os celulares das vítimas. 

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.