Lula perde sua popularidade entre os beneficiários do Auxílio Brasil; entenda

Programas sociais de transferência de renda sempre foram vistos por políticos como um trunfo em época de campanha eleitoral. Com o Auxílio Brasil não foi diferente. Criado pelo governo de Jair Bolsonaro no intuito de acabar com qualquer vestível da gestão do ex-presidente petista, Luiz Inácio Lula da Silva, o programa atende mais de 18 milhões de famílias. 

Lula perde sua popularidade entre os beneficiários do Auxílio Brasil; entenda
Lula perde sua popularidade entre os beneficiários do Auxílio Brasil; entenda. (Imagem: FDR)

O Auxílio Brasil veio para substituir o recém extinto Bolsa Família, que já vigorava há 18 anos. Mas considerando que Bolsonaro sempre foi um crítico ferrenho à gestão petista, ele resolveu se empenhar em criar um programa com a “sua cara”.

O que chamou a atenção foi o fato de que o atual chefe do Executivo Federal também não foi a favor de programas sociais, desmerecendo as necessidades da população em situação de vulnerabilidade social. 

Ainda assim, Bolsonaro decidiu mudar seu posicionamento e investir neste segmento visando o clamor dos eleitores de baixa renda, que compõem a maior parcela da população brasileiro. No entendimento dele, conquistar a confiança desse povo significa ter boas chances de se reeleger ao cargo de presidente da República nas eleições de 2022. 

Contudo, as investidas de Bolsonaro não foram bem vistas pelo ex-presidente Lula, que se orgulhava pelo trabalho em causas sociais em prol da população mais pobre do Brasil. Em determinados momentos, Lula mencionou que, se for eleito, ele irá reestruturar o Auxílio Brasil e a primeira mudança seria o aumento do valor pago através da transferência de renda. 

Apesar de estarem em constante conflito, o propósito de ambos os candidatos não tem obtido o resultado esperado. É o que mostra uma pesquisa do FSB/BTG, divulgada na última segunda-feira, 25. Conforme apurado, no mês passado, 59% dos entrevistados que também são beneficiários do Auxílio Brasil votariam em Lula. No entanto, este percentual já caiu para 50% neste mês de abril. 

Entre os entrevistados que não foram contemplados pelo benefício, mas que possuem algum familiar que o recebe, o percentual de preferência passou de 58% para 47%. Em contrapartida, o cenário não teve mudanças drásticas no que compete a Bolsonaro, que ganhou apenas um ponto percentual entre cada pesquisa, elevando a preferência entre o eleitorado de 22% para 23%. 

Por outro lado, na análise feita entre os cidadãos que possuem algum familiar beneficiário do Auxílio Brasil, a estimativa de votos para a reeleição de Bolsonaro subiu de 25% para 28%. O resultado com maior “beneficiado” foi a opção “branco ou nulo” que permeia as intenções de 28% dos eleitores aptos. 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.