Empréstimos ficarão mais caros com o aumento da Selic?

Nesta quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano. Essa decisão afeta diversas áreas da vida do brasileiro. Entenda se os empréstimos ficarão mais caros com o aumento da Selic.

Empréstimos ficarão mais caros com o aumento da Selic?
Empréstimos ficarão mais caros com o aumento da Selic? (Imagem: Montagem/FDR)

O aumento realizado pelo Copom já era esperado pelos economistas. Desde março de 2021, a taxa básica de juros vem aumentando. Ao subir Selic, o Banco Central tem o objetivo de controlar a inflação.

Em fevereiro deste ano, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou aumento de 1,01%. Este foi o maior nível para um mês de fevereiro desde 2015.

Com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, a inflação vem se intensificando no Brasil. Vale destacar que os dois países são grandes exportadores de petróleo e grãos. Devido ao fato de o preço destes insumos aumentaram, os derivados ficaram mais caros.

Conforme previsão de analistas do mercado, a taxa básica de juros de seguir escalando nos próximos meses. Existe a estimativa de que a Selic aumentará para 12,5% no início de maio. Já em junho, os especialistas preveem que o indicador deve elevar para 12,75% — e se manter até o fim deste ano.

Empréstimos ficarão mais caros com o aumento da Selic?

A taxa Selic influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros de empréstimos. Ou seja, quando o Copom aumenta a Selic, os empréstimos tendem a ficar mais caros. Ao encarecer essa modalidade, os gastos tendem a diminuir — de forma a esfriar a economia e controlar os preços.

Em meio ao cenário de Selic em dois dígitos, os juros cobrados pelos bancos para empréstimos continuam subindo. Dados do Banco Central informa que, em janeiro, o preço médio chegou a 35,3% ao ano. No mês anterior, a média era de 33,8%.

Em janeiro do ano passado, a taxa bancária média estava em 28,4%. Ou seja, no espaço de um ano, houve uma elevação de quase 7 pontos percentuais. Os dados são referentes ao segmento de recursos livres — no qual as instituições financeiras definem livremente os valores dos financiamentos.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.