Após quatro anos e meio, a taxa Selic deve voltar a ter dois dígitos, acima de 10% ao ano.
Por conta da forte inflação nos últimos meses, o mercado financeiro estima que a taxa Selic deve aumentar 1,5 ponto percentual na próxima reunião.
Com isso, a taxa básica de juros sairia dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. A previsão faz parte do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central.
Para o final de 2022, os economistas estimam que a taxa básica de juros siga elevando. Em março, há a estimativa de que a Selic chegue a 11,75%.
Uma nova tendência de queda está projetada para somente o início de 2023 — quando a taxa cairia para 11,25% ao ano.
Ao aumentar a taxa básica de juros, existe o objetivo de conter a demanda aquecida. Com a Selic em alta, o crédito se torna mais caro, de modo a desincentivar a produção e consumo.
Como resultado, há maior controle da inflação, mas ocorre um desestímulo na atividade econômica.
Com isso, os produtos têm valores estabilizados, os juros de financiamentos ficam mais altos e os títulos de investimentos se tornam mais lucrativos.