Quais são os golpes financeiros mais comuns? Pesquisa da Febraban responde

Pontos-chave
  • Golpes financeiros atingem mais o público com mais 60 anos
  • Golpe mais comum é o da clonagem de cartão e da troca de cartões
  • Saiba como se proteger

Uma pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) revelou que 22% dos entrevistados já foram vítimas de algum dos golpes financeiros. No mês de setembro, a quantidade estava em 21%. Grande parte das vítimas são pessoas com mais de 60 anos, respondendo por cerca de 30% do total, revelou a pesquisa.

Apontado por 48% das vítimas, o golpe mais comum era a “clonagem do cartão de crédito”. Neste golpe, os criminosos utilizam dados de um cartão existente para efetuar  compras pela internet, ou a troca cartões.

Porém, é expressivo o crescimento do golpe da falsa central de atendimento, apontado pelo levantamento. Neste golpe, os criminosos fingem ser funcionários de uma central de atendimentos e solicitam os dados da vítima pelo telefone para que possam utilizá-los em outras transações fraudulentas. 

A pesquisa mostrou que a quantidade de entrevistado que já caíram neste golpe cresceu de 18% em setembro para 28% em dezembro. Grande parte das vítimas está na faixa etária dos 45 a 59 anos, com 39% do total.

Já o golpe do WhatsApp, em que o bandido pede dinheiro para a vítima fingindo ser um amigo, parente ou conhecido, foi mencionado por 24% das pessoas, ficando três pontos percentuais acima do registrado em setembro. Existem ainda 5% de entrevistados que citaram o golpe do leilão de lojas virtuais falsas. 

De acordo com o levantamento, as instituições financeiras estão trabalhando para alertar os clientes a respeito destes e de outros golpes. Foi mostrado que 56% dos entrevistados receberam mensagens dos bancos alertando sobre os golpes e também sobre quais cuidados devem ser tomados.

Como se proteger destes golpes

Clonagem de cartão 

  • Bloqueie o seu cartão imediatamente
  • Entre em contato com a emissora ou administradora de cartão para informar sobre transações financeiras que não reconhece
  • Normalmente o cartão é cancelado, o valor das compras estornado e a administradora envia um novo cartão para o cliente.

Como se proteger

  • Sempre confira se o site que está efetuando uma compra é seguro
  • Desconfie de ofertas muito abaixo do valor de mercado do produto
  • Nunca poste fotos de seu cartão na internet e nem envie os dados por apps de mensagens
  • Use o cartão virtual caso sua administradora ofereça

WhatsApp

É cada vez mais comum o golpe da clonagem de WhatsApp. Os bandidos tentam se passar por uma pessoa conhecida, pedindo uma transferência bancária de urgência. Caso se encontre nesta situação, sempre tente contatar a pessoa por outro meio, para confirmar se o pedido é verdadeiro.

É importante se manter cada vez mais atento ao navegar nas redes para não cair em ciladas como estas.

Como se proteger?

  • Instale antivírus e aplicativos que enviam alertas de segurança para seus usuários sempre que sofrem uma tentativa de clonagem de WhatsApp, recebem um link malicioso ou uma fake news.
  • Sempre deixe ativada a autenticação em dois fatores, que está disponível no próprio WhatsApp
  • Redobre a atenção ao receber links compartilhados no WhatsApp e nas redes sociais.

Golpe da falsa central 

Como o golpe envolve a confiança da vítima, o crime muitas vezes é orquestrado de maneira bem-feita, tend alguns dados em mãos. 

Caso receba esse tipo de ligação, desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, seja através do telefone ou através de aplicativos móveis. A Febraban, afirma que o banco nunca liga para o cliente pedindo senha, número do cartão, ou solicitando uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe do falso leilão 

Sempre desconfie de preços muito abaixo dos de mercado, mesmo quando se trata de leilões. Sempre confira também se o site do leilão na internet possui aquele cadeado que significa que é um site confiável. Por fim,  pesquise antes a casa que está promovendo o leilão.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.