O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem realizado declarações polêmicas nos últimos dias. Entre os pontos discutidos estava a alta do dólar. Mas, recentemente, depois de realizar almoço com lideranças empresariais ele volta a discursar em relação a possível cobrança de impostos sobre transações financeiras.
O encontro foi com um grupo de 30 empresários na sede da Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo. Logo depois da reunião, o ministro não falou com a imprensa. O mesmo aconteceu com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
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De acordo com os presentes no evento, Guedes voltou a defender um imposto sobre transações financeiras, algo no estilo da CPMF, para desonerar a folha e substituir os tributos federais PIS e Cofins.
Declarações polêmicas de Guedes
Com o valor do dólar em alta, há uma parcela da população que vem enfrentando dificuldades tanto na questão de relação financeira quanto nos investimentos.
Entendendo este cenário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou durante entrevista que há justificativas para o valor atual, mas acaba soltando frase polêmica que gerou alta repercussão.
De acordo com o ministro, o país passa por mudanças e o modelo não é mais de “juro na lua e câmbio baixo, desindustrializando o Brasil”, destaca em entrevista. Segundo avaliação, ele detalha que o valor alto é considerado bom para todos.
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Guedes acabou pontuando que com o real mais apreciado, com níveis parecidos ao dólar, facilitaria à viagem ao parque da Disney, localizado em Orlando na Flórida. A frase ainda foi complementada com a justificativa de incentivar a visita a locais nacionais.
“Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada. Pera aí…, vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai passear no Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai conhecer Cachoeiro do Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu”, destaca Guedes durante a abertura do Ano Legislativo de 2020, em Brasília.
A fala do ministro saiu cara, no dia seguinte o dólar subiu ainda mais e voltou a estagnar apenas a tarde. Sindicados e entidades que representam as empregadas domésticas também se posicionaram contra a fala de Guedes que soou classista.