Vacinação contra o novo coronavírus passa a ser liberada para crianças. Nessa quinta-feira (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve anunciar a autorização para que as crianças entre 5 e 11 anos comecem a ser imunizadas. A aplicação já vem sendo liberada em países nos Estados Unidos e na Europa. Acompanhe.
Enquanto o Brasil tenta sobreviver aos impactos econômicos e sociais do novo coronavírus, a Anvisa informa que irá ampliar o calendário de vacinação. Até o fim do dia, deve ser liberado o calendário de aplicação nas crianças entre 5 e 11 anos, que deverão receber a primeira dose.
Informes da Anvisa
Segundo a agência, a farmacêutica já apresentou os estudos que comprovam a segurança da vacina para esse grupo. Na análise, a Anvisa realizou uma série de reuniões com entidades médicas de modo que pudesse aprovar a eficácia do medicamento de forma confiável para esse grupo.
Entre os representantes que aprovaram a medida, está a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Liberação da Pfizer
Atualmente, o Brasil permite que a aplicação da Pfizer para jovens acima de 12 anos. O medicamento vem sendo utilizado para esse grupo desde junho deste ano. Espera-se agora que haja a ampliação do grupo.
Para que os mais novos fiquem imunes, foi feito um estudo com cerca de 2 mil crianças com diversos testes para garantir a eficácia da imunização. As análises mostraram que o imunizante é 90,7% eficaz para evitar casos sintomáticos da doença.
O Presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, o médico Renato Kfouri, afirmou que o medicamento será liberado ainda nesta semana.
“Acho pouco provável que a Anvisa recuse porque outras agências importantes, como a europeia e a americana, já entenderam que há elementos suficientes para a liberação. A Anvisa deverá ter o mesmo rigor e aprovar”, informou.
Ainda de acordo com ele, os próximos passam serão a recomendação formal pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a aquisição das doses. “São esses passos juntos que precisamos para que tenha a vacina nos postos.”