Novidades sobre a liberação de recursos para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Após a posse do novo ministro de desenvolvimento regional, Rogério Marinho, o governo informou que irá conceder, até essa sexta-feira (14), R$ 47 milhões para que o programa volte a funcionar. O valor não é o suficiente para custear as despesas totais, mas permitirá que as atividades retomem ainda nos próximos dias.
Inicialmente, foram solicitados R$ 160 milhões. O valor seria destinado para atender as demandas das famílias enquadradas nas faixas de renda 1,5 e 2 (com renda de R$ 2.600 a R$ 4 mil), entre os meses de janeiro e fevereiro.
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Marinho prometeu ainda, uma nova rodada de pagamentos a partir de março. Segundo ele, há estudos sobre como a quantia poderá ser retirada dos cofres da união sem grandes impactos negativos. Caso os valores sejam realmente aprovados, poderão pôr fim as filas de liberação dos imóveis.
Sobre os entraves do MCMV
O programa vem passando por dificuldades desde o fim do ano passado, com o anúncio das novas medidas de reformulação de seus funcionamento.
A medida provisória inicialmente divulgada, determinada a criação de vouchers que liberariam R$ 60 mil reais por cadastrado.
Com esse valor, os beneficiários teriam autonomia para escolher os profissionais responsáveis pela obra e também se desejariam comprar um imóvel já pronto, reformar ou construir do zero.
O projeto modifica totalmente as normas do programa, que até então funcionava por meio de parceria com as empreiteiras, responsáveis pela formulação dos condomínios habitacionais.
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Outro motivo de instabilidade, também se deu por causa do orçamento que ficou muito abaixo do que era necessário para garantir o andamento das obras do MCMV. Inicialmente, a lei orçamentária previu um custo de R$ 295 milhões, mas o valor vem sendo travado.
De janeiro até agora, foram liberados apenas R$ 772 milhões, o que não é o suficiente para poder fazer o programa funcionar. As consequências são obras paralisadas em todo o país, pedidos de financiamento bloqueados e atraso nas entregas das empreiteiras.
Com a chegada de Marinho, o governo federal espera retornar a medida de reformulação e reavaliar a pasta de valores.