Nesta terça, 7, a Via anunciou a aprovação pelo seu conselho de administração, da abertura de um programa de recompra de ações de até 18 milhões de ações da empresa, o que equivale a até 1,12% do total de ações de emissão.
A empresa comprará as ações de própria emissão, sem reduzir o capital social e poderá mantê-las na tesouraria e em outro momento as alienar, cancelar, ou usá-las para liquidar obrigações resultantes de programa de ações restritas e opções de compra de ações.
De acordo com a Via, a finalidade desta recompra de ações é fazer frente aos programas de incentivo a longo prazo e para reter os principais executivos da empresa.
O período máximo para liquidação das aquisições é de 18 meses que começaram a contar ontem, 6 e segue até 7 de junho de 2023. Segundo a Via, as operações serão suportadas pelo montante global das reservas de capital.
A administração da empresa irá decidir o momento e a quantidade de ações que serão compradas, obedecendo os limites determinados na regulamentação aplicável.
BTG revê recomendação para Via
A Via está entre as maiores quedas do Ibovespa em 2021. O cenário macro do Brasil devido a alta da inflação, dos juros crescentes e do desemprego em alta é desfavorável para o negócio da empresa.
O BTG considera que a situação da empresa está mais complicada do que outras como Americanas e Magazine Luiza.
Enquanto as ações da Americanas e as ações da Magalu receberam recomendação de compra, com preço-alvo a R$ 45,00 e R$ 16,00, respectivamente, as ações da Via, por sua vez, receberam uma recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 8,00.
“Nosso ajuste de rating para neutro é baseado em uma combinação de perspectiva competitiva, superexposição ao segmento de eletrônicos/eletrodomésticos e as incertezas com relação às provisões futuras e monetização de créditos fiscais em seu balanço, o que poderia afetar a capacidade da empresa de investir no crescimento de sua operação”, explicou o BTG em relatório.