Nesta quarta-feira (1º), as ações do Magazine Luiza (MGLU3) caíram 11,79%, sendo cotadas a R$ 6,88. Os papéis da varejista foram os mais afetados na sessão. No acumulado anual, as ações do Magalu já passam por desvalorização de 72,40%.
No dia, o Ibovespa teve queda de 1,12%, aos 100.774 pontos, com volume negociado de R$ 39,1 bilhões.
Conforme análise do Estadão, alguns fatores contribuíram para o resultado adverso do Magazine Luiza. Os motivos listados são o cenário de juros elevados, desemprego alto e o endividamento dos brasileiros em nível recorde. Tudo isso penaliza o poder de consumo.
O setor também foi afetado pelas declarações recentes do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, além das vendas baixas — em um período próximo ao Natal.
Já nesta terça-feira (1º), as ações da companhia haviam fechado em redução de 2,99%, na Bolsa de Valores Brasileira, a B3. No dia, os papéis da varejista estavam sendo cotados a R$ 7,80.
Com os resultados recentes, o Magazine Luiza volta a níveis de março de 2020. Durante aquele mês, as ações da empresa chegaram a ser cotadas a menos de R$ 8. No dia 18 de março de 2020, por exemplo, a cotação no fechamento tinha sido de R$ 7,18 — ainda acima do que o registro recente.
Magazine Luiza teve a terceira maior queda do Ibovespa em novembro
As ações do Magalu tiveram a terceira maior redução de novembro, com variação de -27,84%. A varejista ficou atrás somente do Grupo Natura (NTCO3), variando -31,39%; e Locaweb (LWSA3), variando -27,92% no mês.
Ao Valor Investe, Gabriela Jourbert, do Inter, afirma que era esperado que as venda nas lojas físicas voltassem com força. Isso por conta das flexibilizações das restrições, já que a empresa tem uma forte representatividade no comércio presencial. Contudo, isso não ocorreu.
Jourbert explica que, se por um lado a elevação do e-commerce foi de 22%, do outro, as vendas nas lojas físicas caíram 8%. A receita líquida total do Magazine Luiza foi 8% menor do que projetado pelos analistas do Inter.
Além disso, o especialista de mercado da Guide Investimentos, Rodrigo Crespi, destaca que a companhia paga mais caro em alguns produtos — com destaque para eletrônicos e eletrodomésticos, que possuem correlação com o dólar. Este ponto pesou no momento de repassar os custos, segundo ele.