Na segunda quinzena deste mês, as ações da Stone aceleraram o ritmo de queda, indo de US$31,72 em 16 de novembro, para somente US$16,34 na última sexta, 26. De acordo com o BTG Pactual, a empresa de pagamentos brasileira demorará um tempo para reconquistar a confiança do mercado.
O BTG rebaixou sua indicação de compra para neutra e cortou o preço-alvo da empresa de pagamentos de US$ 66 para US$ 22 nos próximos 12 meses. Sendo assim, analistas projetam que ação, listada na Nasdaq, só entregará um terço do potencial de alta esperado anteriormente.
“Em resumo, a Stone fez más escolhas e teve também um tanto de azar. Infelizmente esta é a situação”, disseram os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, ao MoneyTimes.
Os analistas projetam um lucro líquido de R$193 milhões, em média, para a Stone no terceiro trimestre, de acordo com dados da Revinitiv, da Reuters. Em compensação, o lucro líquido ajustado foi de R$ 132,7 milhões, caindo 53,9% quando comparado com o resultado do último ano.
No entanto, o BTG ainda prefere dar o “benefício da dúvida” à Stone, ao passo que a diretoria da empresa de pagamentos repensa o negócio gradativamente.
Ações da Stone na mínima histórica
Nesta segunda, 29, as ações da Stone negociadas na Nasdaq atingiram à mínima histórica de US$ 15,75. Este resultado aconteceu após o BTG Pactual se unir ao grupo de bancos que atualizaram para baixo suas projeções para a empresa de pagamentos.
A empresa de maquininhas de pagamento com cartão de crédito abriu capital em outubro de 2018 e em menos de 12 meses, atinge seu nível mais baixo na bolsa.
A desconfiança dos investidores com a Stone vem acontecendo desde o começo deste ano, quando a empresa inglesa Greensill quebrou, acendendo o alerta a respeito dos modelos de concessão de empréstimos de empresas financeiras.
Já mais recentemente, a Stone assustou novamente o mercado quando interrompeu as concessões após um crescimento acelerado da inadimplência não esclarecendo quando voltaria a emprestar dinheiro.