Apesar dos anúncios de redução da Petrobras, os brasileiros seguem pagando caro no preço da gasolina. Um cálculo realizado pelo portal Metrópoles mostrou que cada cidadão gasta aproximadamente R$ 96,5 de impostos estaduais e federais para encherem seus tanques com capacidade de até 50 litros. Isso faz com que o valor total do investimento seja de cerca de R$ 221,5.
Dessa quantia, R$ 62 é destinado ao ICMS (Imposto Estadual Cobrado pelo Combustível). Já nos tributos federais, o PIS/Cofins e o Cide, custam em média R$ 34,5, por veículo.
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Ao analisar o valor do diesel, a reportagem mostrou que há uma despesa de R$ 378,4 em tributos estaduais e federais, contabilizando um total de R$ 1.632 no tanque de caminhões e demais veículos com capacidade de 440 litros.
Segundo dados liberados pela Receita Federal, somente em 2019 a União arrecadou cerca de R$ 24,6 bilhões com PIS/Cofins cobrados sobre combustíveis.
Já no caso dos valores referentes a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), foram acumulados R$ 2,7 bilhões, totalizando aproximadamente R$ 27,4 bilhões de tributos em cima da gasolina, óleo e diesel.
Além dos impostos, os brasileiros também sentem em seus bolsos as cobranças referente ao modo de distribuição dos combustíveis nas refinarias.
Mesmo com a redução por parte da Petrobrás no preço da gasolina, os valores só são baixados nas bombas quando estas zeram o estoque já adquirido, isso faz com que os pagamentos altos permaneçam por mais tempo.
Na última quinta-feira (06), por exemplo, a marca anunciou uma redução no preço da gasolina e do diesel vendidos às refinarias em 4,3% e 4,4%, respectivamente. Porém, o repasse para os postos é que encarecem o produto, fazendo com que o valor permaneça basicamente o mesmo.
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Insatisfação dos governadores sobre o preço da gasolina
Desde as primeiras semanas de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro vem travando um embate severo com um grupo de governadores estaduais que não concordam com as modificações nos impostos.
Em seu twitter, o presidenciável sugeriu zerar os tributos federais e na sequência afirmou que os combustíveis só não estão mais baratos graças ao entrave dos gestores públicos.
Insatisfeitos, os parlamentares enviaram uma carta solicitando que o governo federal reanalise a reforma tributária dos combustíveis. No texto, os integrantes afirmam que não é possível cancelar ou reduzir os tributos sem o consentimento dos estados. O time contra a medida conta com gestores do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e mais.