Não existem grandes dúvidas: o Brasil continua sendo o país do futebol. Prova disso mesmo são os muitos milhões que, durante todos os finais de semana, se juntam para assistirem ao vivo ao seu time favorito.
Porém, se há umas décadas a obsessão estava mais centrada em seus times, a verdade é que, atualmente, existem muitos torcedores que apenas acompanham certos times devido à presença de um único jogador.
Por exemplo, quantas vezes não se sentiu tentado em assistir a um jogo do PSG, só para assistir Neymar em ação? Ora, antes de Neymar, quantas vezes teria tomado a iniciativa de assistir a um jogo da Liga francesa?.
Esse é só um exemplo de como um determinado jogador pode ter um impacto gigante em como seguimos o esporte, mas também acerca de quem estamos apoiando.
Para que se tenha uma noção, existem um fenômeno das redes sociais, assim que Messi saiu do Barcelona, que nunca se tinha assistido antes. Milhares e páginas de fãs e até de grupos do Barcelona tomaram a iniciativa de mudarem seu nome para o PSG, tendo esquecido por completo o time que, até aquele momento, sempre tinham apoiado.
Até que ponto uma obsessão por um jogador é saudável?
Certamente que estabelecer uma relação extremada, qualquer que seja o jogador, equipe ou pessoa não é algo saudável ou aconselhável. Talvez por isso, atualmente, o futebol virtual, principalmente nas casas de apostas online, está ganhando tanta popularidade.
Nesses jogos rápidos virtuais, como osjogadores não existem e os times são inventados, poderá estar apostando online sem que essa paixão possa prejudicar seu processo de decisão.
Isso porque, como é fácil perceber, muitas apostas online, dentro do futebol brasileiro, são feitas a favor do time que esse mesmo apostador está torcendo. Claramente que essa não é uma boa estratégia a longo prazo.
Porém, será que essa cultura de obsessão também não é promovida pelos próprios jogadores ou até mesmo os times?.
Isso porque, quanto mais for o número de seguidores de um determinado jogador, mais ele irá conseguir ganhar com contratos de publicidade e até dentro de seu próprio contrato com o time.
Aliás, esse crescimento de obsessão por jogadores brasileiros, mas não só, acelerou ainda mais com as redes sociais. Atualmente, é normal um jogador de topo mundial contar com pelo menos 10 milhões de seguidores ativos.
Teremos um jogador maior que um time?
O ditado claramente nos indica que jamais um jogador poderá estar na frente de um time. No entanto, em uma fase em que a popularidade, número de “likes” e de seguidores representam muito dinheiro, certamente que um jogador poderá ganhar um impacto tão grande que poderá colocar seus outros colegas em segundo plano. Não será isso que já está acontecendo com Ronaldo no Manchester United, por exemplo?.
Por falarmos nessa transferência, Cristiano Ronaldo provou mais uma vez ser altamente influente, tendo mais seguidores do que qualquer outra pessoa do mundo.
Tais números fizeram com que o United tivesse batido todos os recordes com suas publicações anunciando o retorno do jogador português. Será que essa continuará sendo a tendência, de todo o marketing no futebol?